Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven


O retorno da SaGa imperial, um mundo e império que construímos à nossa mercê.

Sete heróis salvaram o mundo, reza a lenda que voltarão quando o mundo precisar. O mundo em paz esqueceu-se deles, e eles voltaram agora não como salvadores, mas sim como os vilões. Um deles, ataca o pacífico reino do nosso pai, começando uma série de eventos que se estendam por literais milhares de anos. Após um breve tutorial das mecânicas começamos a jogar com o primeiro herdeiro e a partir daí todo o controlo passa a ser do jogador. É um RPG completamente aberto, em que temos um objetivo claro de parar o mal, mas como e, por que caminhos está inteiramente nas nossas mãos.


O combate desenrola-se por turnos, sendo que os nossos 5 personagens estão dispostos numa grelha para a qual vamos adquirindo mais opções de formação com o tempo. Cada personagem tem as suas especialidades e para além da vida normal, têm uma série de pontos (familiar para quem jogou jogos da série SaGa) que diminuem sempre que a HP vai a zero em batalha ou contra-ataques específicos. Isto acontecendo o herói morre permanentemente. Em combate também, temos habilidades e feitiços, sendo que estes só sobem de nível (e consequentemente na geração seguinte os níveis começam mais altos) ao serem usados. Em batalha também, com a subida de níveis, vão surgindo oportunidades de aprender novas habilidades que poderão ser usadas pelas gerações correntes e futuras. Os níveis são mais focados no que usamos, tanto de armas como feitiços, subindo a vida e os pontos para feitiços com pontos obtidos em batalha (o equivalente ao tradicional level up).


Esta mudança de gerações é um dos pontos fulcrais do jogo, ao completarmos eventos importantes a geração salta, herdando o novo herdeiro escolhido por nós todo o conhecimento do predecessor. Para além da passagem orgânica podemos também abdicar a qualquer momento se não gostarmos da classe escolhida por nós ou para aprendermos novas formações (cada classe tem uma formação única que a favorece). Se o imperador perder todos os pontos de vida especiais, também falece e somos forçados a escolher outro. As classes disponíveis dependem do desenrolar da história e das nossas opções. O mundo é verdadeiramente flexível, e à medida que vamos completando eventos obtemos novos aliados que trazem consigo as suas classes.


Não são apenas as personagens que são flexíveis, o mundo também e falarmos com os diferentes personagens nas povoações leva-nos a aventuras e decisões diferentes. De e para onde vamos e como queremos focar no desenvolvimento do nosso império está tudo nas nossas mãos, cada jornada por este mundo é completamente diferente para cada jogador e seguir ou não este, ou aquele caminho pode levar a um império muito diferente ao longo do tempo. Apesar de um remake, este conceito aberto foi refrescante e aumenta o valor de jogabilidade repetida para conhecermos todas as histórias e caminhos possíveis.

A banda sonora e efeitos estão muito bem conseguidos, sendo que o estilo visual ainda que nada de novo está consistente. As cutscenes pecam um pouco pela falta de emoção dos eventos, mas o voice acting está decente e equilibra. Na Nintendo Switch em particular, o máximo são os 30 fps, os efeitos são um bocadinho reduzidos em comparação com as outras versões. Pior são as texturas, que nem sempre carregam por completo o que acaba por prejudicar a fidelidade visual que, ainda que nada de extraordinário, em combate em particular é espampanante.


Um bom remake de um jogo que definitivamente merece mais atenção, mas que peca um pouco por performance na Nintendo Switch.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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