Pumped BMX Pro
Ainda me recordo de jogar no meu Nokia 6600 um jogo de bicicletas bem divertido e viciante para passar o tempo durante as aulas secantes na secundária *cough cough*. Era o típico jogo de pegar e jogar, parar e voltar. Os anos passaram e o jogo mais semelhante que pude jogar foi o grandioso Trials, embora seja de motorizadas, a forma como se joga é exatamente a mesma, mas com visuais espetaculares e muito humor à mistura, o que prendeu qualquer tipo de jogador ao ecrã, isso é um facto.
Já Pumped BMX Pro tenta de alguma forma trazer de volta esse entretenimento, mas será que o consegue?
Não há volta a dar. Foram muitos os títulos de BMX lançados no passado, Matt Hoffman’s Pro BMX, Dave Mirra BMX e mais alguns, todos eles dedicados aos amantes do desportode ciclismo radical. Pumped BMX Pro tentou a sua sorte no mercado, mas falta-lhe tanto que até deixa pena.
Neste jogo temos à escolha 15 ciclistas, 40 truques e 60 níveis, 10 em cada região/estação do ano por assim dizer. No que diz respeito aos ciclistas e mesmo às suas bicicletas, nenhuma delas tem características especiais, é tudo por puro efeito aparente, não existem upgrades nem estatísticas que apresentem bicicletas com melhor manuseamento. Os cenários são em 2D tal como em Trials mas com o seu grafismo totalmente 3D e com alguns pormenores como ursos e fotógrafos que preenchem um pouco o ambiente em redor do jogador.
O objetivo é muito simples, tal como acontece com Trials, é necessário pontuar com truques e acrobacias radicais até chegar à meta. Algumas acrobacias requerem fazer os famosos grinds em ferros e claro, as típicas que os profissionais também o fazem em eventos.
O grande problema, mesmo, é a falta de qualidade em tudo... Assim que se inicia o jogo, tudo parece bonito, o tutorial dá as indicações ao jogador de como se controla a bicicleta e depois sim, como fazer os truques. Infelizmente, aqui reside o mal maior, a jogabilidade não é de todo boa, não é permitido pedalar, o que destrói de imediato a experiência. O jogador só tem a possibilidade de ganhar lanço e com isso ultrapassar todos os obstáculos que lhe são postos. É mau, é demasiado frustrante impedir o jogador de, numa rampa muito baixa por exemplo, o jogador não poder pedalar para ultrapassar uma rampa tão pequena, onde o jogador podia facilmente por um milímetro passar. O jogador tem de reinicar a partida sem qualquer outra alternativa possível.
Na grande parte dos níveis, se o jogador não executar o salto e a velocidade a roçar a perfeição, pode muito bem dizer adeus ao nível, em uma palavra muito simples, é impossível! O jogador terá de repetir vezes sem conta até conseguir atingir o salto e velocidades imprescindíveis para o sucesso e traçar a meta, o que é ridículo. Não tem como o jogador safar-se caso exclua estes dois processos, faça as acrobacias que desejar, não irá ganhar nada com isso, nem velocidade nem precisão, ganha sim pontos e por vezes até de ouro, mas de que serve isso se o impossibilita de avançar? Rampas pequeníssimas onde a bicileta começa a descair porque pedalar não é possível? Bem, é realmente frustrante, ou seja, nem pedalar para trás para ganhar lanço é possível...
Continua a ser mais divertido pegar num jogo antigo como os anteriormente referidos, do que jogar Pumped BMX Pro, que acabou por ser um desastre. Com algumas correções, este jogo poderia muito bem vir a obter uma sequela de valor mas, claro, para tal seria necessário investir mais nos pontos referidos durante a análise.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Xbox One, gentilmente cedido pela Plan of Attack.