Metro Exodus


Metro Exodus, tal e qual como os seus antecessores, é um jogo de tiro e acção em primeira pessoa que combina combates mortais e furtividade com exploração e sobrevivência. Tudo isto, com uma pitada de terror lá pelo meio.

Este é um jogo que nos é apresentado pelas mãos dos produtores do estúdio 4A Games e publicado pela Deep Silver. Após um interregno de seis anos, Metro está de volta e revitalizado para abraçar uma nova aventura, sendo o terceiro jogo de uma trilogia onde acompanhamos a saga que Artyom iniciou com o Metro 2033 e Metro: Last Light. Um aspecto bastante interessante é o facto desta franquia ser inspirada no livro do escritor Russo Dmitriy Glukhovskiy.

Exodus, o nome do jogo, significa saída de um grupo de pessoas de uma região para a outra. Este é de facto o objectivo principal de toda a trama do jogo. Em suma e recapitulando um pouco a história em torno do jogo Metro, houve uma grande guerra onde principalmente a Rússia foi atingida por bombas nucleares, daí todas as personagens do jogo terem um sotaque meio Russo, e sim o calão também lá está - Quase que apetece dizer Rush B! – deixando assim toda a terra com altos índices de radiação e claro está dando azo à formação de criaturas mutantes de todos os tipos e feitios, que basicamente querem destruir tudo e todos que encontrarem pelo seu caminho. Os poucos sobreviventes da raça humana viram-se assim obrigados a procurar outro tipo de abrigo, o Metro. Adaptaram assim as estações de Metro como cidades.


A nossa personagem principal Artyom, durante toda a aventura não pronuncia uma única palavra e sinceramente o jogo perdeu um pouco neste aspecto, traria certamente toda uma outra estima pela personagem se tivessem de facto enveredado por essa via. Artyom vê-se encurralado no Metro com uma vontade enorme de sair desta situação, saturado de estar debaixo do solo durante 20 longos anos com a sua amada Anna. Desta forma, decide começar a explorar o mundo exterior com o pensamento de criar família longe de todo este ambiente gélido, radioativo e de corrupção criado pelas pessoas.

Numa destas incursões, Artyom e Anna encontram um comboio em funcionamento e depressa o tentam perseguir, voltando assim a acreditar que de facto existem mais sobreviventes do desastre anteriormente sucedido. De facto conseguem entrar em contacto com pessoas do exterior do Metro, que lhes informam que existem pequenas aldeias onde as pessoas conseguem viver sem necessidade de usarem máscaras devido à radiação ser inexistente. Mesmo vivendo num ambiente hostil, sempre será um pouco melhor do que viverem confinados de baixo do solo.

Após estes avanços na história somos confrontados com o facto de que a tal guerra ainda está a acontecer. Vários países foram dizimados e várias nações ainda estão a espalhar o caos pelo Mundo, numa batalha que se adivinha sem fim.

A nossa personagem é essencial para a sobrevivência do grupo criado para tentar encontrar a solução para toda esta depressão em que o Mundo se encontra. A acção decorre e dá a sensação de termos um mundo em constante evolução uma vez que somos apresentados com o sistema de estações do ano durante os vários capítulos do jogo. Quero com isto dizer que, se avançarmos de capítulo e estação do ano, não nos é possível voltar atrás para vasculhar zonas inexploradas.


Durante o Inverno podemos encontrar demónios, nosalises, watchmen (uma espécie de lobo mutante) e muitos outros. O capítulo apresentado no Inverno serve como uma espécie de tutorial aos jogadores. Aqui também nos é apresentado uma das peças fundamentais da história, o comboio (Aurora).
Temos ao nosso dispor um leque variado de armamento que vai desde o revolver ao crossbow, granadas, molotovs (etc…). A lista de armas é extensa, no entanto aqui ficam alguns dos exemplos:
  • Tikhar ou Air Rifle – Possui dano reduzido no entanto é muito precisa e produz pouco ruído o que faz dela uma arma especializada para situações onde o stealth é bem vinda.
  • Revolver ou pistola – Uma das armas que causam mais dano do jogo, no entanto é uma arma um pouco lenta a disparar.
  • Shambler ou shotgun – É uma arma que inicialmente não causa muito dano mas que poderá vir a ser útil numa situação onde o jogador se vê cercado de inimigos, isto tudo porque é uma arma rápida.
  •  Helsing ou Crossbow – Silenciosa e mortal. Para um tipo de jogo mais stealth e contido é a arma indicada
Relembrando claro está que todas as armas têm a possibilidade de serem alteradas e melhoradas ao gosto do jogador.

A nível de jogabilidade, não fiquei fã. O movimento do personagem em si parece muito restrito e o sistema de aiming super lento, mesmo sendo possível alterar a sensibilidade e tendo também ao nosso dispor pré sets em termos de sensibilidade de arma. Temos sempre a opção de não abordar o inimigo ou até adoptar um estilo mais cauteloso, uma vez que balas, não é algo a que tenhamos acesso fácil. Podemos efectuar ataques para deixar os inimigos desmaiados ou até matar de forma silenciosa, tendo sempre na memória que cada morte trará consequências para a história final. Sim, existem vários finais de história consoante o nosso estilo de jogo, quase que como uma espécie de Karma – O final bom e o final mau. Não é que o jogador não posso matar humanos no jogo, mas haverá consequências. Existem de facto humanos que querem matar o jogador e outros que se rendem a meio do tiroteio.

As fases de jogo trazem novidades relativamente aos títulos anteriores, existem as fases normais, ir do ponto A ao ponto B no entanto teremos acesso a cenários de mundo aberto com algumas limitações mas que apresentam missões secundárias. Estas fases abertas permitem a exploração de casas, grutas em busca de recursos que nos abram caminho a upgrades das armas, ao fabrico de granadas, molotovs e até mesmo dos medkits. Tudo isto é opcional.


O ambiente deste título é soberbo, os gráficos entre os melhores que foram apresentados nesta geração, apresentando a sensação de profundidade onde tudo parece que foi feito para tirar uma fotografia. A isto juntamos as mudanças de clima como foi referido em cima, chuva, neve, tempo árido e seco, noite e dia, tudo muito bem recriado. Falando em tempo do dia, durante as fases do dia enfrentamos diferentes inimigos. Durante o dia encontramos mais humanos inimigos e durante a noite encontramos mais monstros inimigos. O jogo apresenta ainda assim alguns bugs, por exemplo inimigos que aparecem teletransportados e a um nível de renderização por vezes demorado.

Dito isto, Metro Exodus é um jogo aconselhável tanto a fãs da Saga Metro como a outros jogadores que apreciem o modo de jogo stealth com uma história super imersiva. 

Nota: Esta análise foi efetuada com base no jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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