SCHiM


A saltitar de sombra em sombra vamos tentando voltar à sombra original.

SCHiM é um jogo simples, com um conceito interessante. Um bicho de sombra que só consegue viver na sombra, existimos desde que o nosso hóspede humano existe. Acompanhamos toda a existência dele, desilusão, após desilusão, após desilusão, uma história que poderia ser a de qualquer um de nós e a de todos. O tutorial é feito com este crescimento do nosso personagem, vamos temporariamente saltando para outras sombas, mas retornando sempre à origem. Até que se dá um desastre e somos separados do nosso companheiro. Agora cabe-nos persegui-lo até voltarmos ao nosso lugar de sempre.

Temos essencialmente 3 ações, mudar de perspectiva em 45.º, saltar e interagir. Saltar é bem linear, quanto mais carregamos mais saltamos e é a ação mais usada. Interação varia de objecto em objecto, na sua grande maioria causando apenas um efeito engraçado, sendo, no entanto necessário para resolver alguns puzzles (por exemplo, ligar semáforos). A perspectiva alterar deveria ser um dos selling points, mudando as sombras também se alteram, levando a que progressão e resolução de como avançar tivesse isso em conta. É muito raramente, sendo a maioria das vezes alterada apenas por conveniência e mesmo a interação só realmente muda algo naquilo que tem que mudar. Há alguns colecionáveis que só com mudanças de perspectiva conseguimos ver, no entanto, não tornam toda uma mecânica relevante.


Posto isto, sobra muito pouco. Os caminhos são bastante lineares, temos também um botão que nos mostra em linhas largas para onde nos devemos dirigir. Os ambientes são variados sim, passamos por fábricas, ruas e jardins públicos. O jogo usa uma dicotomia entre uma cor isolada e tons dessa mesma cor mais leves para indicar luz. Em contraste as sombras são escuras e com contornos claros para percebemos onde estamos seguros. Como os ambientes são dinâmicos não parece ser um problema até ao fim de alguns puzzles que consegue ser cansativo ver tanta coisa de só uma cor (ainda que foi feito claramente um esforço na escolha de cores suaves ao olhar). Os efeitos sonoros estão muito bem conseguidos, a música por outro lado raramente aparece.


Uma boa ideia, cuja execução final deixa a desejar e rapidamente cansa.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Extra Nice e Playism via Keymailer.

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