Spectre Divide – Primeiras impressões


Um novo multiplayer shooter onde cada jogador vale de facto por dois.

São fãs do pessoal que a jogar diz que sozinho vale por dois? Eu também não, mas Spectre Divide decidiu dar-lhes (e a todos os outros) a oportunidade de ter duas vidas, duas armas, duas fontes de bons resultados para os adversários se forem tão maus quanto eu em shooters. O conceito geral é o começado por Counter Strike, neste caso apenas com 3 jogadores de cada lado, uma equipa planta a bomba e a outra defende. Ganham mais dinheiro se ganharem rondas e menos se perderem. E aqui acabam as semelhanças.



O grande foco de Spectre Divide e aquilo que o torna interessante é de facto cada jogador controlar dois corpos, ainda que não simultaneamente. Quando aparecemos no mapa, spawna também o nosso spectre, um outro eu que podemos controlar e manobrar. É bem mais que uma segunda vida, podemos movê-lo e trocar a qualquer momento de lugar com ele. Os usos estratégicos são infindáveis: de o usar para fazer barulho, de o deixar numa posição estratégica de cobertura ou para dar outro ângulo para podermos apanhar um adversário desprevenido. O spectre pode ser morto, no entanto, movê-lo demora alguns segundos ao atirarmos um disco que o coloca na posição e depois ele "caminha" pelo mapa até lá (em trânsito não pode ser morto). Outra vantagem, é que se o spectre ouvir barulho nas imediações avisa, permitindo uma rápida troca e ajuste da estratégia.


Tudo a dobrar é literal aqui. Os sets de armas são comprados aos pares, obrigando a termos que aprender e perceber qual das personagens é mais conveniente usar para avançar ou usar para ficar à espera do alvo perfeito. A economia é a clássica introduzida pelo Counter Strike há muito anos, com poderes à Valorant à mistura. Estes não estão presos a personagens, mas sim podemos escolher qual o sponsor que nos dá a sua tecnologia. Cada um tem a sua especialidade, com poderes de cura, barreiras e até abelhas à mistura. São partilhados também, se não usarmos com um corpo o outro pode usar e vice-versa. Outro dos detalhes enfatizados é a mira ser muito precisa no que diz respeito a onde está e para onde as balas vão, juntamente com padrões definidos por arma: quanto mais usamos uma arma mais percebemos o padrão dela e como ajustar no meio de um tiroteio.


No geral todas estas mudanças trazem algo de novo ao género sem descurar muito do que já foi construído antes e a que os jogadores do género estão habituados. Há algumas diferenças nos mapas, com sensores que se ativam ao fim de algum tempo de modo e mostram os jogadores que passam por lá, a forçar o jogo a ser mais dinâmico e as rotações a terem que ser pensadas antes. O estilo visual de cartoon está muito bem conseguido, sendo que é dada uma grande ênfase à clareza dos efeitos e muito poucos detalhes desnecessários para conseguirmos acertar sempre o tiro perfeito.


O que faz de novo faz bem, e o que traz dos antigos é bom e bem conservado. Definitivamente poderá dar que falar e aconselho aos amantes do género experimentarem.

Latest in Sports