Warhammer 40,000: Space Marine 2


Recentemente terminei o Warhammer 40,000: Space Marine na PS3, pois era um jogo que há anos tencionava jogar há anos e pelo meu total interesse em jogar a sequela. Felizmente recebi-o para análise e, com a memória fresca do primeiro jogo pude de imediato pegar até o concluir o jogo no fim de semana passado.
Se não é do conhecimento da malta deixámos aqui a dica de que a série Warhammer 40,000 não conta apenas com os Space Marine, muito pelo contrário: conta com tantos jogos que é impossível enumerar aqui mesmo! Aquilo que podemos dizer é que há jogos desta série para todos os gostos, desde estratégia a FPS, entre eles os Space Marine que são jogos de ação na terceira pessoa, é uma série com um lore único e que à medida que os jogadores começam a conhecer mais interesse vão ter em explorar. Portanto, para que fique assente, têm uma data enorme de videojogos da série desde os tempos do MS-DOS, Spectrum ZX ou Commodore 64 até aos tempos atuais, algo realmente a ter respeito.

Sendo uma sequela é possível que estejam neste momento a questionar se podem jogar este título sem começar o original. A resposta é afirmativa, podem perfeitamente jogar Space Marine 2 sem terem jogado o capítulo anterior, mas no entanto, a experiência será diferente para todos aqueles que tiveram a oportunidade jogar o seu antecessor, tanto ao nível de contexto como do lore e até da própria personagem principal, o Capitão Titus. Se tiverem a oportunidade, mais tarde ou mais cedo, aconselhamos sempre a jogarem o original, pois é relativamente parecido ao nível de jogabilidade embora seja um tanto datado.


Na minha opinião e por ter jogado muito recentemente Space Marine na PS3, a sequela tem uma jogabilidade bastante parecida, é claro que é muito mais refinada e o controlo da personagem muito mais estável, porém ambos os jogos partilham de ações semelhantes, mas pecam pela ausência de um modo de cobertura, coisa que vemos noutros jogos como Gears of War da Microsoft e, sinceramente, não entendo como é que não foi implementada uma mecânica tão relevante. Tal como sucede no primeiro jogo, é possível executar inimigos, a diferença entre ambos é o facto de no original obtermos saúde e nesta sequela obtemos escudo, com um resultado praticamente igual. O uso do melee attack é também o mesmo: há o golpe normal e o golpe mais poderoso que provocará mais danos em torno do nosso personagem, que poderá atordoar mais facilmente o inimigo.

Mas nem tudo é igual e existem novidades como o modo parry. Ao sermos atacados por certos inimigos surge um alvo azul sobre nós, quando isto surgir significa que podemos realizar um parry, o que inicialmente poderá levar algum tempo de habituação, mas com tempo fazemos com facilidade, porque irá acontecer por várias vezes e basta estar minimamente atentos. Além deste parry o jogador terá ataques os quais não poderá defender que surgem com um alvo vermelho sobre nós, sendo que a única solução é esquivar no momento certo para podermos contra-atacar com a arma de fogo e isto fará toda a diferença, pois provoca danos a dobrar no inimigo, o que faz todo o sentido visto que é um verdadeiro contra-ataque!

As armas de fogo são muitas, várias delas iguais às que encontramos e usamos no jogo original e claro, todas elas fazem parte do lore de Warhammer. Os fãs conhecem bem a bolt gun, por exemplo, que nem está apenas presente nos jogos Space Marine, que inclui também a famosa espada em forma de motoserra e o grandioso martelo como armas de melee, coisa que o jogador fará uso constantemente. Embora as armas de fogo sejam importantes especialmente para os inimigos que se encontram afastados, o melee attack é essencial devido às hordas de inimigos que vão enfrentar.


A campanha tem uma duração relativamente curta tal como no seu antecessor, afinal de contas terminei o jogo num fim de semana e ao jogar este modo senti mesmo que estava no passado. O que quero dizer é que se trata de um jogo focado numa narrativa, que é linear, com vários modos de dificuldade e bem ao estilo de “antigamente” sem grandes estratégias ou confusões. É um jogo que começa e termina carregado de ação pura e pode até ser repetitivo para alguns, no entanto, é preciso referir que nos dias de hoje os mundos abertos também conseguem ser exaustivos e finalmente temos algo mais linear e divertido. De referir que os cenários e o grafismo tal como a música estão fantásticos, há certos momentos espetaculares e embora seja pura chacina com objetivos bastante simples. É sempre bom depois de um dia cansativo pegar no Space Marine 2 e jogar a solo ou até em co-op a campanha, de referir também que conta com cross-play.

Já falamos na campanha explosiva e divertida, mas assim que terminarem este modo, podem passar para as missões especiais e jogar com amigos online. O modo Operations é PVE (player vs enemy) e podem juntar mais dois amigos para concluir missões que têm uma duração de pelo menos 20 minutos para concluir, missões que aconselho jogarem após terminarem a campanha, pois contêm spoilers. Há também o modo PVP (player vs player) de nome Eternal War e aqui vão jogar em partidas online entre duas equipas, o estilo clássico conhecido em qualquer outro jogo online de combates por esquadrões. Em ambos estes modos vão poder selecionar as classes existentes como Tactical, Assault, Vanguard entre outras, portanto escolham conforme se sentirem melhor e partem para os combates destrutivos nestes dois modos.


Por fim, juntem-se aos Ultramarine e caso conheçam o lore ou tenham jogado o primeiro Space Marine, vão encontrar caras conhecidas e um jogo parecido e de cara lavada. Afinal de contas já passou mais de uma década desde o lançamento do primeiro capítulo de Space Marine, mas a coragem e o respeito continuam, tal como é o lema destes super soldados, destruição aos hereges e nunca se esqueçam, The Emperor Protects.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PS5, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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