Primeiras Impressões - PSVR2


No passado dia 6 de abril, tive, em nome do Meus Jogos, a oportunidade de finalmente experimentar o PSVR2, o novo dispositivo de realidade virtual da PlayStation e hoje trago-vos a minha opinião.

O primeiro aspeto que me impressionou foi a facilidade com que o novo PSVR2 se instala. Esta é uma das grandes diferenças entre este dispositivo e o seu predecessor. Existe apenas um cabo USB-C, que liga o headset à PlayStation 5, ao passo que os comandos são totalmente wireless.

Comecemos pelo headset. Obviamente, o conforto seria uma prioridade num dispositivo destes e a PlayStation não desaponta. Tal como o primeiro PSVR, este é um dos pontos fortes do PSVR2. Enquanto que o ajuste à cabeça é bastante semelhante ao do PSVR, a nova interface de utilizador é impressionante. É possível ajustar o foco e a colocação das lentes, bem como demarcar a área de jogo simplesmente olhando à nossa volta, o que permite uma otimização da experiência individual de cada utilizador. As tecnologias de eye-tracking e motion capture são novidades bem-vindas e prometem trazer inovações interessantes para o design de jogos VR no futuro. Exemplo disso são títulos como The Dark Pictures: Switchback VR, em que os sustos são dependentes do piscar de olhos do jogador.


Os comandos podem não ser os mais fáceis de utilizar de início. Eu próprio demorei a familiarizar-me com o posicionamento dos botões, mas, uma vez ultrapassado este desafio inicial, o formato ergonómico do PlayStation VR2 Sense faz dos comandos bastante confortáveis e fáceis de utilizar. A colocação dos botões L1 e R1 na lateral do comando é um exemplo do design inteligente pelo qual a PlayStation é conhecida, apesar de a maioria dos jogos ser muito mais dependente dos botões L2 e R2, que se encontram no topo do comando. Naturalmente, o feedback háptico perde-se um pouco no meio de todos os outros estímulos, muito porque esses estímulos são mais do que suficientes para fazer desta a experiência mais imersiva possível.

Durante os cerca de 40 minutos que tive com o PSVR2, decidi experimentar o novo Horizon Call of the Mountain. Foi difícil escolher entre este título e Star Wars: Tales from the Galaxy's Edge - Enhanced Edition, mas, no final, o meu amor por exclusivos PlayStation superou o meu amor por galáxias longínquas. O que me espantou foram os gráficos. Isto devia ser uma das prioridades em qualquer dispositivo de realidade virtual, já que a fidelidade gráfica do que vemos à nossa volta é meio caminho andado para atingir a imersão desejada. Infelizmente, dispositivos anteriores sofreram de uma falta de atenção a este aspeto ou, simplesmente, não tiveram acesso à tecnologia necessária para um melhor aspeto gráfico. Isto não é verdade no que toca ao PSVR2.

Sinto que Call of the Mountain foi um bom exemplar da excelência gráfica que a PlayStation conseguiu atingir com o PSVR2, tendo em conta a variedade de texturas presente neste título. Desde as montanhas rochosas à água surpreendentemente real, passando pelas máquinas assustadoramente enormes, todos estes detalhes contribuíram para uma sensação de imersão bastante superior ao que eu esperava. Acho que nunca esquecerei o momento em que me apercebi de quão grande um Pescoçudo realmente é.

Obviamente, o preço elevado (599,99€) será um obstáculo intransponível para muitos, como é costume com dispositivos de realidade virtual, mas o catálogo inicial de jogos é promissor, se não excelente, sendo o destaque óbvio Horizon Call of the Mountain. Com tudo isto em conta, o PSVR2 parece ser mesmo o melhor produto VR no mercado, sendo a tecnologia de seguimento ocular inteligente o aspeto que mais vincadamente distingue o PSVR2 dos seus concorrentes. Se tudo o que disse não foi suficiente para vos convencer do quão imersiva é a experiência de utilizar o PSVR2, então talvez o facto de que dei pelo menos uma volta de 360º durante a minha sessão de 40 minutos o faça.

Um grande obrigado à PlayStation pelo convite e um obrigado especial à equipa que me recebeu, apesar de não me terem avisado que passei a maior parte do tempo de costas para a televisão.

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