Bleak Faith Forsaken

Um souls like criado por apenas 3 pessoas que se apresentou com um trailer fabuloso que me chamou de imediato à atenção. Mas terá sido mais eye candy do que propriamente um indie sensacional?

Bleak Faith Forsaken é do género de Dark Souls, um jogo que irá testar as habilidades do jogador. Até aí tudo bem, se gostam do género já sabem o que esperar: um jogo desafiante e com uma atmosfera pesada, este jogo tem isso para oferecer. Diria que, para um indie, está aqui um esforço tremendo em trazer o mesmo sentimento, um jogo escuro e sem misericórdia, mas também um jogo que tem vários aspetos a melhorar e que desde o seu lançamento, as coisas não têm sido corrigidas.

A jogabilidade é razoável, isto porque o jogador vai ter de se habituar aos controlos de movimento, o jogador terá uma sensação de velocidade e vai mesmo ter de adaptar a isso, um toque para a frente e parece que estamos a dar 3 passos. Já no combate, por vezes ficámos com a sensação de que acertámos no inimigo mas a cruel verdade é que estamos afastados, embora haja um ponto positivo que merece atenção, o facto de existir um combo a ser realizado para que o dano seja maior e não se perca tanta stamina ao atacar. Conforme se pressiona para atacar, o jogador deve voltar a atacar no timing certo e isso é algo de valor.


Os inimigos não são uma tortura, os próprios bosses não são do nível de um Elden Ring mas acabam por ser desafiantes, especialmente devido a todos os bugs que existem e que estragam bastante a experiencia. Não se trata de quebras de frame mas sim bugs como ser empurrado e ficar preso entra muros, pontos de gravação que ficam a tremer sem razão aparente, quedas em locais baixo e instantaneamente perder e de seguida cair de um lugar mais alto e estar tudo ok, há uma grande inconsistência e isso não é de todo positivo.

Mas para não falar mal de tudo, tendo em conta a criação ter sido realizada por 3 pessoas, há aqui um design bom, especialmente dos bosses, e a contar também com o facto de os níveis terem caminhos alternativos tal como sucede na série Souls, embora o jogo tenha sido alvo de críticas duras por usarem templates de Elden Ring nos movimentos dos inimigos e isso também não é algo bom.



A exploração é um tanto vazia, apenas temos alguns inimigos em corredores e pouco mais, dá uma enorme sensação de um vazio e é um potencial desperdiçado na minha opinião. Subir e descer escadas também acaba por ser um bocado frustrante, podem subir de forma mais veloz com o pressionar do botão de correr mas para descer é impossível fazer um slide, o que se torna numa tortura visto que há escadas longas.

Um outro aspeto interessante é o crafting de setas, poções e etc, que vão ser possíveis de criar conforme vão derrotando inimigos que se atravessam na vossa frente. É claro que inicialmente começamos com armas rudimentares, sem qualquer armamento sequer, mas que com a progressão vão claro, obter armas novas e mais poderosas como o equipamento em si, tornando o jogo mais acessível.



A sensação que o jogo dá é que se trata de uma demo, um jogo inacabado e para o qual, provavelmente, tiveram limites de orçamento. Assim, é apenas algo que ainda tem muitas arestas por limar e que precisava de estar mais tempo no forno.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Steam, gentilmente cedido pelo Vicarious PR

Latest in Sports