Hell Pie

Jogos de plataformas têm tendência de serem fofinhos, divertidos e animados. Em Hell Pie a diversão existe, as plataformas igual mas acima de tudo, mas o jogo é sórdido, por isso estamos perante um jogo que pode ser difícil de aceitar para quem for mais suscetível a sangue, violência e humor negro daquele pesado. Hell Pie pode deixar alguns jogadores incomodados.

Jogamos com Nate, um demónio com carisma e aparente fofura mas que não vai deixar de fazer os seus estragos e assistir a coisas bem nojentinhas. Enquanto Nate trabalha no seu pequeno e solitário escritório, este recebe uma chamada do próprio Satã, chefe do inferno e de todos que ali trabalham. O pedido é simples, tragam a torta do inferno para o Satã e já!

É o aniversário do Satã e Nate foi a pessoa escolhida para recolher os ingredientes desta torta do inferno a pedido do próprio Satã. Tudo parece normal até começarmos a dar os primeiros passos pelo edifício que servirá de tutorial para controlar Nate. Até aqui tudo bem, é um jogo de plataformas com uma jogabilidade boa mas não excecional, até que começamos a explorar a casa de banho, outros escritórios e a própria copa onde vemos dois demónios serem desfeitos pelo Satã e o sangue jorrar nas paredes, há realmente outros detalhes que não vão ser mencionados devido à agressividade que este jogo apresenta em termos de conteúdo explícito.



Mais tarde um pouco, temos o nosso acompanhante da jornada, um anjo meio feio acorrentado a Nate que servirá de arma para atacar e auxiliará para saltos mais longos. Pode-se dizer que este anjo irá sofrer imenso, desde atirá-lo contra a parede como esmagar os inimigos. O anjo também terá ração canina para realizar upgrades que vão ajudar na jornada. Mas nem só o anjo obterá estes preciosos upgrades, Nate também terá uma data de upgrades para os seus chifres de demónio para ultrapassar obstáculos como uma maior velocidade por exemplo.

Depois de colecionar no supermercado o primeiro item, Nate terá de desbloquear mundos através de elevadores que o levam diretamente aos níveis. Estes níveis não se assemelham ao inferno visto que saímos de elevador dos infernos para estes níveis paradisíacos ou cidades com luzes brilhantes. Há uma data de colecionáveis distintos tal como um jogo de plataformas o exige e daí o jogador poderá repetir estes níveis para obter tudo a cem por cento.

Existem imensas gemas roxas pelos níveis todos que vão surgindo mesmo depois de perder uma vida, isto porque estas gemas vão servir para comprar personalizáveis, tanto para Nate como para o nosso anjo. Mas os poderes especiais requerem o sacrifico de um animal fofinho com um unicórnio e o jogador tem de arrancar esse unicórnio para realizar um sacrifício e assim obter o poder.



 
Conta também com um grafismo muito colorido e com bosses criativos, é um aspeto que irá agradar imenso aos jogadores que gostam do género pois existe realmente variedade, coisa que nos jogos de plataformas hoje em dia falta. A própria longevidade satisfaz bastante e há sempre inúmeras áreas a explorar, não sendo um jogo linear mas sim de exploração de cada zona.


É sem dúvida um jogo de plataformas a não perder mas como foi dito anteriormente, é necessário ter um bocado de estomago por toda a sordidez apresentada, lutar contra fezes e afins pode não ser propriamente do agrado de toda a gente mas, caso consigam superar essa parte e se realmente gostam de um bom humor negro, podemos dizer que temos aqui um jogo de plataformas muito bom.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Xbox Series X, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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