Lost in Play
Esta é uma pequena aventura gráfica em 2D que nos coloca na pele de duas crianças a explorar a sua própria imaginação, levando-nos aos tempos do recreio em que um simples cartão podia muito bem ser um dragão. Tudo começa com uma pequena brincadeira ao despertar de manhã, em que a pequena Gal tenta acordar o seu irmão Toto, numa espécie de breve tutorial sobre como recolher e utilizar os items necessários para avançar. A partir daí, rapidamente este se irá tornar num dia recheado de criatividade que, por momentos, até aos jogadores parecerá ser mesmo verdade.
O primeiro impacto deste jogo vai imediatamente para toda a estética visual, que faz desta aventura um verdadeiro cartoon infantil, com cores e detalhes magníficos do princípio até ao fim. Pelo meio, há toda uma série de puzzles, que combinam a habitual recolha de itens e respetiva utilização para se avançar com diversos minijogos de puzzles pelo meio, num mundo recheado de sapos, pássaros e seres tão criativos que nem sabemos bem o que lhes chamar.
Apesar de toda a diversidade, os conteúdos são bastante acessíveis para jogadores de qualquer idade, com regras simples e fáceis de aprender. Ainda assim, há vários momentos em que será preciso puxar um bocadinho pela cabeça. Para ajudar, o jogo tem sempre uma pista à disposição de um mero botão, que servirá para dar uma dica sem apresentar logo a resposta, mas em geral o desafio será sempre algo mais simples e evidente do que aquilo que se pudesse estar a pensar.
Com cerca de 2 a 3 horas de jogabilidade, Lost in Play agarra qualquer um do princípio até ao fim, desde as traseiras lá de casa, até uma aventura no mar e por aí além, com a leveza de um conto infantil. Recheado de personagens e criaturas peculiares, é um daqueles jogos simples e fáceis de explicar, mas que nos deixam a querer mais.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Renaissance PR.