Spirit of the North


A raposa sempre foi um animal selvagem, explorador e com um carisma muito particular e, em Spirit of the North, a ideia é transmitir a ligação espiritual que este animal sempre teve com tribos e demais culturas. Será que consegue mexer com os espíritos dos jogadores ou é apenas uma mera ilusão?

Spirit of the North é um indie muito focado na experiência, mas talvez demasiado pois chega a esquecer que a jogabilidade também é deveras importante em qualquer videojogo. Mas iremos aprofundar essa parte mais adiante. Todas estas expierências têm sempre algo de realçar, neste caso, são os cenários, bonitos, variados e com uma música belíssima a acompanhar.


Enquanto controlamos uma raposa que inicialmente é vulgar, apenas com a habilidade de ladrar, que com a progressão da história irá encontrar um espírito de uma outra raposa de forma misteriosa através da qual irá obter novos poderes. Este encontro torna-se fulcral na jornada da nossa protagonista que vai em direção a uma linha vermelha com tons de laranja visto do céu ao qual encaminha-nos para o que será, o destino da raposa. O poder espiritual irá cobrir a raposa num manto azul e com a cauda, transferir o poder para estes símbolos cravados em pedras. No final dos capítulos é necessário limpar a praga que asola grutas específicas, o objetivo será chegar ao final e eliminar toda esta praga na terra.

O jogo é semelhante a Journey, no sentido de a raposa ir em busca de algo, algo que não é revelado ao jogador, que com cada passo dado, vai fazendo sentido. O jogo até acaba por ser um pouco repetitivo e a jogabilidade não ajuda muito, o que pode ser contra quem esteja interessado em finalizar a jornada. Desde os saltos, ao controlo da mesma, são vários factores que ficam aquém daquilo que se tem jogado nos últimos anos, de sublinhar os saltos, consegue ser frustrante saltar de uma plataforma para outra. Os próprios movimentos da raposa, quand odevem ser realizados em sequências em que se faz o uso do salto numa direção, consegue ser um problema. Sempre que se cai a um lago pode ser um sacríficio, devido à sua lentidão a nadar.


Os puzzles também não oferecem grande desafio, é necessário encontrar certas flores com um poder espiritual o qual terá de ser usado em pedras com gravações específicas para criar caminhos e prosseguir. Aqui não existe qualquer tutorial, porém, são revelados os botões de ação sempre que se interage com algo que seja relevante.

Existem uns esqueletos cobertos por uma batina que fazem recordar sacerdotes, estes esqueletos outrora seres vivos, são parte das missões secundárias do jogo. É necessário encontrar um ceptro escondido pelo mapa e pousar junto ao esqueleto para que o espírito do sacerdote desvende uma nova saída e, por vezes, servirá apenas para registo de salvação do espírito, no qual há uma grande quantidade destes cadáveres para colecionar reacendendo a chama.


Spirit of the North é um jogo sem diálogo, recorrendo apenas a sons e sinais, o que no fundo é interessante. Os cenários ajudam a jogo ter um ambiente e visuais bonitos que encaixam na vida selvagem deste animal, mas graficamente podia estar melhor. Com uma duração de cerca de 3 horas, esta é uma interessante experiência que acaba por sofrer bastante com a sua jogabilidade, quebrando muito do envolvimento que tenta criar.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Merge Games.

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