Fallen Legion: Rise to Glory


Só há poucos anos comecei a olhar para os RPG’s táticos/ação com muito mais interesse, mesmo não tendo um conhecimento vasto neste género, passando por títulos como Fire Emblem e Front Mission 3 ou até Advanced Wars. Fallen Legion é um RPG tático mas com ação em tempo real, lançado originalmente na PS Vita e PS4, que chega agora à consola híbrida da Nintendo. A principal diferença é que desta vez é possível jogar as duas campanhas que outrora foram vendidas separadamente.

Fallen Legion: Rise to Glory conta-nos a hitória de guerra entre o reino de Fenumia de duas perspectivas. Por um lado, temos a princesa à qual lhe é oferecido um grimoire estranho após a morte do seu pai. Por outro lado, temos o general da princesa que acredita que a família real foi comprometida e por isso mesmo tenta tomar controlo do reino para se tornar o seu salvador.


Nesta minha análise optei por jogar com Laendur, o general da Princesa que se destina à campanha Flames of Rebellion. Existe muito diálogo em Fallen Legion: Rise to Glory e confesso que não fiquei totalmente agarrado nos primeiros minutos. No entanto o voice acting está muito bom. Existe a possibilidade de escolha entre a versão japonesa ou a versão inglesa e por isso, como purista, optei pela original (japonesa). Mas voltando ao que diz respeito à narrativa, ao progredir senti-me mais afeiçoado a Laendur, pela força que ele transmite aos soldados aliados que o acompanham para tomar posse de Fenumia a bem ou a mal. Laendur é visto como um traidor desde o inicio do jogo, mas apesar disso, os seus argumentos convenceram-me das suas ações e isso foi importante para ter uma ligação com alguém que foi julgado como o traidor.

Quanto ao gameplay, tenho a dizer que fiquei bem viciado. O mais engraçado da jogabilidade é a importância da noção dos botões e o que cada um deles implica, mas vamos por partes. Laendur, ou seja, o protagonista, não é que faça grande parte nas batalhas, isto é, dá apenas ordens aos soldados listados na sua equipa. Os soldados aliados de Laendur é que tomam grande parte do papel nas lutas, Laendur pode usar a sua magia para partir na ofensiva ou então restaurar saúde aos aliados. Após realizar estas ações é necessário aguardar um determinado tempo para que possa usar novamente as 3 ações disponíveis, sendo que os soldados vão estar na luta a tempo inteiro, pressionando os botões Y,B e A para efetuar os ataques, cada um com as suas características como o arqueiro, cavaleiro e o mortar.


O jogo está dividido por níveis com várias seções de combate. Sempre que se derrota X de inimigos, Laendur e os seus Exemplars (aliados), correm para a próxima sequência de inimigos, até chegarem ao boss do nível que como é evidente, é sempre o mais difícil de derrotar. Mas isso é que torna o jogo tão especial, são mesmo as lutas ferozes, inteligentes e estratégicas que devem ser planeadas em tempo real. É preciso saber defender no timing correto para criar um contra-ataque, como é preciso saber atacar de modo a criar um combo enorme e deixa o inimigo atordoado para uma sequência de ataques duradouros. O que me fascina é que o jogo não cansa, mesmo ele acabando por ser sempre apresentado da mesma forma, um cenário 2D com as personagens a lutarem X de inimigos e seguirem para uma nova remessa e assim consecutivamente, porque o jogo é realmente divertido e viciante. Algo que ajudou imenso a agarrar-me a este jogo foi a banda sonora, fantástica, um metal/rock bem ao estilo do que se faz no oriente, a música só podia ser envolvente.

Por entre as batalhas em cada um dos níveis onde as personagens correm para a seguinte batalha, há situações em que é preciso fazer escolhas que têm influência na moral do meu exército. Estas situações podem dar um boost às estatísticas de um dos nossos Exemplars. É preciso ter em atenção porque cada uma desta situações também traz algumas restrições, por isso é necessário ler quais os benefícios que acarreta para o exército mas também o “castigo” que poderá trazer à moral do mesmo, é quase como se de uma troca equivalente se tratasse.

O grafismo 2D está bom, mas não do melhor até porque foi inicialmente lançado na PS Vita apesar de todo o seu potencial. Até se pode estranhar no início mas com o hábito após algumas horas de jogo, fiquei a gostar. Resumindo, em termos de apresentação, está simples mas suficientemente bom.


Para quem nunca jogou algo do género ou já passou ao lado desta saga no passado, recomendo vivamente a experimentar Fallen Legion: Rise to Glory pois nem eu tinha ideia do quão bom ele é. Agora com as duas campanhas num só pacote e ainda por cima a possibilidade de alternar entre jogar na TV ou portátil, esta é a versão definitiva de um jogo que me impressionou pela positiva.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America.

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