Dynasty Warriors 9: Empires

Construindo em cima da base Dynasty Warriors 9, Empires é uma entrada mais focada, reduzindo a escala do gameplay a favor de mais mecânicas de gestão.

A grande maioria da saga Dynasty Warriors (excetuando alguns spin offs) passa-se na era que leva ao grande conflito dos 3 reinos, que eventualmente culmina na unificação da China. Este não é exceção, sendo que não só podemos jogar vários momentos historicamente relevantes como criar a nossa própria campanha dando um rumo inteiramente novo e imprevisto à história. Um dos grandes focos desta entrada é precisamente na construção do império: seja pelas relações políticas, com a população e em combate que formamos.


É uma entrada claramente pensada em fãs da série e jogadores do Dynasty Warriors 9, tendo todo o leque de 95 personagens do mesmo, acrescentando ainda os 700 oficiais comuns. Para além disso permite criar o nosso próprio oficial, com imensas opções de aspeto e podendo usar como base para combate qualquer um dos nossos personagens preferidos. Cada um dos personagens tem não só afinidade com armas diferentes e ataques especiais diferentes, como também encaixa numa das 3 diferentes categorias: infantaria, cavalaria ou arqueiros. Esta categorização leva a diferentes interações com as unidades comuns do mesmo tipo acrescentando mais alguma estratégia, juntamente com os planos secretos que tanto podem surgir do nosso lado como do oposto e criando mais dinâmica nas conquistas.

Os 3 tutoriais descrevem essencialmente o combate, sendo que dois deles se focam exclusivamente nas batalhas de invasão e de defesa, ignorando infelizmente toda a componente mais política/económica. No entanto a cada mecânica nova são mostradas imagens que esclarecem bem todas as opções, sendo no entanto muita coisa e que para novatos para a série torna difícil assimilar. O combate em si continua o mesmo de sempre, montes e montes de unidades fracas, lideradas por comandantes que já exigem um pouco mais de cuidado do jogador. Entre batalhas, temos imensas opções políticas, sendo que uma das mais cruciais é passear e interagir com outros oficiais de modo a construir melhores (ou piores) relações e começar a construir a nossa fama. Tal como nos outros modos, temos tutoriais para todas as ações que podemos tomar o que facilita a compreensão.


Nas campanhas temos a escolha entre algumas das épocas específicas ou começar uma campanha em que fazemos inteiramente a nossa era. Temos opção de começar como governador, oficial ou simplesmente soldado raso (podendo subir nos escalões) tendo em conta que cada cargo acima tem mais capacidades de decisão quanto ao rumo do império. Se escolhermos uma era, cada um dos personagens históricos tem já a sua posição definida (o nosso custom character pode sempre ser qualquer uma) no entanto existe uma campanha mais agnóstica temporalmente e que permite a mesma liberdade a qualquer um dos históricos.

A banda sonora continua tematicamente impressionante e cobre uma variedade de estilos dentro dos temas de época. Graficamente a evolução não é grande e a performance na Nintendo Switch sofre significativamente, principalmente quando há muitas unidades no terreno, parecendo ainda mais genérico do que é habitual na série. Num jogo de ação, isto é particularmente penoso, principalmente num que já é repetitivo na génese.


Uma entrada com um foco maior na construção do império, mas cuja polpa já foi largamente espremida e que, mesmo com as mecânicas adicionais, não acrescenta o suficiente.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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