Pro Cycling Manager 2018


A Cyanide Studio e a Focus Home Interactive trazem-nos a mais recente edição do Pro Cycling Manager. Se passavam que os jogadores nacionais viviam única e exclusivamente de simuladores de gestão futebolística, enganaram-se, pois, e como o próprio nome de resto nos indica, Pro Cycling mostra-nos o complexo mundo do ciclismo em toda a sua glória. Como em muitas das suas edições passadas, Pro Cycling 2018 permite ao jogador escolher entre tomar as rédeas de uma das muitas equipas de ciclismo internacional e conduzi-las à glória ou incarnar no papel de um jovem aspirante a estrela e singrar nesse mundo.

Essa é a base na qual assenta este jogo que se divide nos dois modos já tradicionais do Multiplayer e do Single Player, sendo que é neste último que se irá encontrar o sumo do jogo. O modo Single Player por sua vez divide-se em Manager (modo de gestão propriamente dito) e Corrida a Solo (se quisermos dar apenas uma volta com a bicicleta). Em Manager, o jogador terá um leque ainda mais extenso de opções. Primeiro temos o modo Carreira, no qual escolhemos de entre as inúmeras equipas de ciclismo internacionais disponíveis. Entre elas encontraremos algumas das nacionais (embora elas estejam entre as mais fracas do jogo), nomeadamente: a C.C Tavira, a ERAPPEL, a L.A.Alumínios, a Rádio Popular e o V25-Porto.

Este é de longe o modo mais completo de todo o jogo e poderá deixar os mais inexperientes ligeiramente confusos com a quantidade de coisas que nos permite fazer. No modo Carreira cabe-nos a nós, no papel de manager, gerir as finanças da equipa, as transferências de novos ciclistas, a relação com os média, os treinos e os contratos. Também é da competência do jogador a escolha das Voltas (A Volta ao Algarve é uma delas) nas quais a nossa equipa irá competir. O objectivo final, como em qualquer simulador de desporto, passa por tornar a nossa equipa a maior de todas.  De salientar que temos equipas de todos os cantos do mundo.

Contudo, não é apenas disto que vive Pro Cycling Manager. Na mesma onda que o modo carreira presente nos seus congéneres futebolísticos, surge-nos o Pro Cyclist, um modo que permite ao jogador criar o seu próprio ciclista, definindo as suas características físicas e não só. Na pele desse mesmo ciclista, o jogador irá escolher uma das equipas e tentar ser bem sucedido nas por vezes confusas corridas de estrada. Se não quisermos perder tempo com nenhuma destas opções, o jogo permite-nos fazer uma única corrida singular, a One-Off Race.


Felizmente, e embora seja o ponto fulcral deste título, as corridas de estrada não são as únicas opções no que a provas de ciclismo diz respeito. O modo Track, referente a provas disputadas em pista coberta. Uma vez mais, a variedade é algo que não se encontra em falta. Temos desde a Points Race Sprint até ao Keirin. Como bónus, e se tivermos alguma dúvida relativamente às regras destas provas, o jogo disponibiliza um manual digital facilmente acedido via um link presente neste título.
Mas falemos agora acerca do gameplay da corrida propriamente dita. É certo que ela pode ser simulada, contudo e para aqueles que quiserem sentir a emoção de disputar uma Volta, existe sempre a possibilidade de fazer a corrida em tempo real. Nesse caso devemos ter em atenção a quatro barras de energia: a Effort Gauge, a Energy Gauge, a Super Power Gauge e a Speed Gauge. Será através delas que iremos controlar as acções do nosso ciclista desde a stamina que ele ainda dispõe e a velocidade a que consegue ir, até ao sprint final que pode fazer via a Super Power Gauge (uma espécie de golpe especial).

Com gráficos decentes e uma animação relativamente bem conseguida dos ciclistas, a opção por disputar a prova em tempo real tem no entanto falhas graves que poderão deitar abaixo a vontade de o fazer. Primeiro que tudo, as corridas propriamente ditas são confusas, com o jogador a perder de vista o seu ciclista com grande facilidade no oceano que é o pelotão. O facto que termos tanta coisa no ecrã dá ainda origem a falhas bizarras que diversas vezes irão sabotar a nossa progressão no jogo. A A.I pobre da competição também não constitui grande desafio e a música é demasiado mecânica e monótona.

Se a isso juntarmos o facto da edição de 2018 parecer bastante semelhante à de 2017, com as mesmas rotas e opções, temos um título que apenas agradará a um pequeno nicho de jogadores. Aqueles que são mesmo fãs de ciclismo e que não tenham o Pro Cycling 2017.

Nota: esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para o PC via Steam, gentilmente cedido pela Ecoplay

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