Primeiras impressões: Super Smash Bros. Ultimate


A grande aposta da Nintendo para a E3 deste ano foi Super Smash Bros. Ultimate, que teve imenso destaque na apresentação do evento, direito a um torneio e ainda uma venue que mais parecia um museu da série, e séries de jogos nela representada. É o jogo que reúne todas as personagens lançadas desde sempre em Smash Bros., e conta ainda com novos personagens e alterações a veteranos, que não são apenas estéticas.



A convite da Nintendo Portugal fomos experimentar o jogo, e mal pegamos no comando da Game Cube, embelezado com o símbolo da Smash Ball, partimos para a luta e comecei ao poucos a sentir as diferenças deste jogo face ao anterior, comparando com a versão Wii U. O primeiro impacto é que se trata de um jogo mais rápido e fluído no geral, desde a apresentação dos lutadores ao próprio movimento das personagens e respetivos Final Smashes, mais rápidos e sem transformações, por isso nada de Landmasters, Super Sonics ou Pikachus hiperativos a voar pelos cenários. Ficamos reduzidos a uma sequência rápida mas com um ataque devastador, ou a simples ataques que enchem grande parte do cenário.


O jogo está mais frenético, alguns personagens como Marth, Cloud, Zelda ou até mesmo Bowser lançam as suas combos a uma velocidade superior mas com a mesma devastação de sempre, e também fugir, desviar e contra-atacar é algo que se faz mais rapidamente. Uma diferença notória é por exemplo Pokémon Trainer, que está de regresso com Squirtle, Ivysaur e Charizard, e a troca de Pokémon é quase que instantânea permitindo atacar com Squirtle e continuar uma combo com Ivysaur, e depois Charizard. Foi bom ver a presença dos convidados de third-party a marcarem presença da demo, mas muito do destaque acaba para ir para os novatos Inkling e Ridley, este último que é há muito pedido pelos fãs.

Começando por Inkling esta personagem é extremamente fiel ao que podemos ver em Splatoon, tirando partido de todo um leque de armas diversas, o uso da tinta no adversário e até mesmo no cenário. Um ataque bastante útil é através do Roller, que não só pinta o cenário como prende os adversários ao chão, colocando Inkling logo em vantagem para atacar de seguida. Ridley é um personagem mais lento, mas capaz de usar ataques devastadores que arremessam facilmente qualquer adversário fora da arena. Num dos ataques ele usa a sua cauda para parar momentaneamente o(s) inimigo(s), permitindo depois continuar o ataque com um mais devastador ainda.

Visualmente há melhorias face ao jogo anterior, muitos personagens sofreram mesmo alterações estéticas embora inicialmente pareçam iguais. Nota-se uma boa atenção ao detalhe em tudo, desde os cenários às diferentes roupas que Mario, Pikachu, Link ou Inkling usam, ou até mesmo Ike que conta com dois estilos bem diferentes. Há um certo "brilho" em tudo que embeleza o jogo, e mesmo com muita coisa a acontecer os cenários, o foco continua a estar no combate e não são criadas distrações. Continua o mesmo "fighting party game" de sempre, mas nota-se que há uma direção mais séria com o jogo, como é notório através do ecrã que apresenta os personagens, semelhante ao que podemos encontrar em Street Fighter ou Tekken.


Estavam disponíveis 30 personagens para explorar (5 a mais que todos os personagens de Melee, já agora) e foi bom matar saudades de Ice Climbers ou Solid Snake, e também explorar as diferenças de ataques de alguns personagens como é o caso de Ganondorf, que finalmente usa a sua espada. Por falar em Zelda, ela agora aparece ao estilo de Link Between Worlds, e juntamente com Link de Breath of the Wild e Ganondorf de Ocarina of Time, os vários jogos da série têm destaque e funcionam muito bem lado a lado. Não houve tempo para explorar todo o roster, isso terá de esperar pela versão final (com mais do dobro dos personagens), mas o tempo que passei com cada um dos personagens foi bastante positivo e fico a aguardar bem o lançamento no final do ano. Para além dos lutadores foi bom regressar a muitos cenários antigos, alguns "desaparecidos" há muito, e foi também interessante explorar novos cenários, com algumas surpresas que nos apanhavam despercebidos.

Sendo o foco desta versão os combates não era possível explorar fora disso, o que nos deixa então a aguardar por mais novidades, quem sabe, pela existência de uma campanha de um jogador (ou não). Ficou a promessa na E3 que o número de personagens é, inicialmente, o mesmo que no primeiro Smash Bros., e desbloquear certas personagens pode ser um desafio, mas acessível a todos.

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