City Tales — Medieval Era: Primeiras Impressões


Se há um género de jogo que me faz perder completamente a noção do tempo são os city builders, os Sim City desta vida que dou por mim a assustar-me sempre que olho para o relógio, porque eram "só mais 15 minutos". Recentemente caiu-me City Tales — Medieval Era no colo, um simulador de construção de cidades medievais bastante simples até, que pensei jogar apenas um par de horas só que, na realidade, investi umas belas dezenas de horas. E isto só para primeiras impressões!


Em City Tales — Medieval Era somos (vamos dizer) um rei que tem de construir o seu reino do zero. Ao nosso lado temos um conjunto de assessores que nos vão ajudar a desenvolver a cidade, sendo eles a mão de obra que vão meter em funcionamento tudo o que são edifícios especiais que vão da colheita de bagas à construção dos mais variados materiais, passando pelos edifícios de pesca, caça ou até mesmo minas para obter metais preciosos.

À semelhança dos simuladores do género, a nossa cidade vai crescendo à medida que ganhamos população, sendo necessário construir casas para a mesma. Neste jogo há toda uma mecânica interessante da evolução das casas, onde por perto temos de ter alguns edifícios especiais como mercados, igrejas, teatros ou farmácias que nos permitem subir o nível aos edifícios. Gostei também que aqui fugimos às tradicionais grelhas, os terrenos onde vamos construir praticamente tudo o que é edifício é desenhado por áreas em que temos de prestar atenção às dimensões das mesmas.


Não há estradas, elas surgem naturalmente com o andar das centenas (ou milhares) de habitantes que vão populando a nossa cidade, criando um caminho por onde passam que se resume a… terra batida, ou falta de relva. O meu principal nitpicking (dos menos graves) foi não poder construir estradas e, pior, pontes, porque nada mais bizarro que ver pessoas a andar tranquilamente por debaixo da água como se nada fosse.

O que me traz a um ponto: isto ainda é um Early Access do jogo e há ali muita coisa a ser melhorada. Por exemplo, os menus de navegação muitas vezes tinham outros menus por cima, impossibilitando a minha leitura de informação importante como o que estava cada uma das personagens principais a fazer, aquelas que enviava para servirem cervejas ao bar ou cultivar trigo nas extensas quintas que havia criado. O simples clicar em determinadas coisas era impossível, limitando-me algumas ações no jogo…

Pois, além da evolução da cidade com o objetivo de construir o nosso (merecido) castelo temos a evolução de cada personagem: cada um ganhava experiência num determinado tipo de construção, que ia da colheita à venda de comida, passando pela produção da mesma. Idealmente deixava cada personagem num estabelecimento até o mesmo poder ser gerido automaticamente, coisa que acontecia em alguns minutos, dedicando cada personagem a um estilo de edifício. Contudo, queria maximizar a performance de todos, criando ali o objetivo de chegar ao nível máximo de todos os tipos de edifício, por personagem.


É um jogo com pernas para andar, fico curioso com a evolução do mesmo com a correção e melhorias, como aprimorar as ilustrações das personagens (e não só) que acompanham o jogo, poder criar ruas, pontes ou até mesmo dar um propósito aos elementos decorativos que só estavam lá para decorar, sem grande utilidade. Outro ponto que gostaria de ver melhorado era a otimização do jogo, pois não parece ser um jogo muito exigente muito graças à direção artística, mas, ainda assim, via o meu PC a dificilmente conseguir lidar com cidades pequenas, quanto mais as enormes, por muito que reduzisse a qualidade do jogo nos settings.

Fico curioso com o futuro de City Tales — Medieval Era e estou aqui para acompanhar os próximos passos, com o lançamento do jogo final, pois quero criar enormes cidades medievais onde há uma taberna ou pub em cada esquina!

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