Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition — primeiras impressões


Voltei a Mira, o mundo de Xenoblade Chronicles X, um regresso algo muito semelhante quando comparado com a primeira vez que o joguei na Wii U, há 10 anos. Os primeiros passos cautelosos num mundo cheio de colossais monstros que mal cabem no ecrã, 50 a 60 níveis acima do meu onde se explorar mais do que devia, encontro facilmente a morte. Neste planeta alienígena, cheio de perigos, literalmente caímos lá após escapar à destruição do planeta Terra, a desculpa perfeita para uma nova aventura!

Agora com o extenso nome Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition, este jogo é uma versão atualizada, definitiva, com algumas novidades como mais história, entre outras coisas que pudemos ver em trailers passados. Estas minhas primeiras impressões focam-se nas primeiras horas do jogo, que serviam mais para matar saudades e aumentar o entusiasmo em explorar um enorme mundo aberto, perigoso, que nos deixa curiosos em explorar todos os pequenos cantos. Das planícies com tesouros às imensas cavernas, entre perigosas criaturas que qualquer passo em falso nos atacam, Mira é um mundo que dá vontade de explorar pelo simples facto que o podemos fazer.


Mundo este que acaba por ser algo em redor da grande cidade do jogo onde os humanos habitam, New Los Angeles, o último bastião da humanidade pelo cosmos depois de uma guerra entre raças alienígenas mesmo junto ao nosso planeta Terra, que culminou na sua destruição. Somos um avatar, a única vez que na série tivemos uma personagem totalmente criada por nós, sem falas à exceção dos combates, onde grita constantemente os ataques e dá feedback do que está a acontecer.

Mesmo nestas primeiras horas, nos primeiros capítulos da aventura, dá para matar alguma saudade do jogo original. Temos melhorias visuais nas personagens, aproximando-as aos restantes jogos da série, mas sem desvirtuar muito a direção artística do jogo original. Aquilo que melhorou significativamente foi a interface, com textos e elementos bem maiores, o que agradeço porque não me sinto pitosga a olhar para os menus de combate principalmente, ou a navegar entre as missões e ver os objetivos a cumprir.


A melhor atualização é capaz de ser mesmo em combate, que agora conta com uma barra de energia adicional que nos permite utilizar novamente ataques usados, sem termos de esperar que fiquem disponíveis para uso novamente. Uma barra que faz sempre reset a cada novo combate, o que me acelerou bastante o jogo porque não tenho de ficar ali especado à espera que determinados ataques fiquem novamente prontos para serem usados. De resto, mantém-se todo o sistema em que definimos uma classe para a nossa personagem e definimos os ataques a usar.

Houve algumas coisas que estranhei, no entanto. Um dos pontos é que o jogo está disponível com vozes tanto em inglês como japonês, mas, por algum motivo, só podemos mudar a voz após entrar mesmo no jogo, forçando-nos a assistir às sequências de abertura em inglês. Outro ponto é que há um delay estranho de quase meio segundo quando estamos a escolher as escolhas nos diálogos entre personagens e NPCs, o que se torna bastante chato quando quero navegar entre várias respostas. São coisas que, entretanto, podem ser resolvidas numa atualização, que não deixei de estranhar.


O que ainda assim sobressai na aventura, logo desde o início, é a liberdade de exploração em que temos de desvendar os segredos de Mira pouco a pouco já nas primeiras horas. Temos missões secundárias que nos abrem caminho, imensos NPCs para conversar e aceitar missões em New Los Angeles, com recompensas como equipamento e dinheiro e, acreditem, são mesmo, mesmo muitas as missões disponíveis logo no início. Há um mapa a explorar, dividido numa grelha hexagonal onde cada bocado de terra pode ter uma antena para nos desvendar um pouco mais do mapa, grandes tesouros que vão de bocados da nave que nos trouxe da terra ou monstros difíceis de derrotar, sendo autênticos bosses! É um jogo de exploração pelo simples facto que podemos explorar de uma ponta a outra desde o início, isto se nos conseguirmos esquivar dos inimigos em zonas mais perigosas, que nos matam num único ataque.


Assim foram as minhas primeiras horas com Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition, um regresso a uma aventura que conheço bem e que me deixa extremamente curioso com o novo conteúdo que foi adicionado. À semelhança de Xenoblade Chronicles: Definitive Edition que, curiosamente também foi lançado 10 anos depois do jogo original na Wii, sei que temos também neste novo remaster uma história adicional que prolonga a narrativa… e que estou ansioso por conhecer o seu desfecho!

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