Elden Ring Nightreign: como foi o Network Test?
Elden Ring Nightreign lança-nos ao desafio sem qualquer preparação, ou contexto, onde podemos praticar os controlos, ataques e equipamentos no que parece ser o Roundtable Hold de Elden Ring, mas sabemos lá. Muito do que vemos pode ser apenas um teste e o produto final mudar imenso face ao que experimentei. O que é certo é que estava novamente num Souls, embora tanto diferente do que estou habituado como extremamente familiar.
O cenário foi familiar, mas o modo como o explorava não. Aqui a minha personagem, uma de quatro classes diferentes à escolha para este teste, era capaz de correr e saltar a uma velocidade absurda, levando-me a explorar a arena de uma ponta a outra sem grande atrito. Algo bem necessário, até porque este jogo é uma autêntica corrida contra o tempo! Aos poucos um círculo de fogo ia-se fechando à nossa volta e tudo que lá ficava tornava-se praticamente inacessível, pois essa perigosa zona matava-me bem rapidamente.
Tudo resultava numa espécie de corrida, procurar bosses antes que as zonas se tornassem inacessíveis, de forma a ganhar experiência para subir de nível, com todas as benesses que é receber mais pontos de vida ou outros atributos, preparando-me melhor para o combate final de cada dia. Digo dia, pois cada run era separada em três dias: os primeiros dois contra bosses aleatórios e um final contra Gladius, Beast of Night, um terrível lobo de três cabeças. Dentro do pouco tempo disponível que tivemos para experimentar este Network Test fico feliz por o ter derrotado uma vez e receber o ecrã a agradecer-me por participar.
A jogabilidade em si assemelha-se a Elden Ring, com uma estrutura de jogo muito, mas muito diferente. Enquanto que o jogo original é um RPG de aventura cheio de desafios, onde vamos construindo a nossa personagem, em Nightreign o jogo é uma espécie de Souls roguelite com uma pitada de Fortnite, pelo simples facto que a arena torna-se cada vez mais pequena. Ou até pelo modo como somos largados, trocando apenas um autocarro por gigantes falcões que nos carregam. Aqui não há player vs player, o jogo é totalmente cooperativo para três jogadores que devem trabalhar em conjunto de forma a otimizar cada nova sessão, algo que foi impossível nas vezes que os joguei por não ser possível jogar com amigos, através do estranho sistema de palavra-chave que não resulta bem neste Souls bem mais cooperativo.
Quatro eram as personagens pré-definidas à escolha, uma que explorava diferentes estilos de jogo de modo a deixar mais gente feliz. Temos o soldado Wylder que era basicamente o guerreiro típico de Souls, ideal para quem se queria acostumar ao jogo. Para uma jogabilidade mais lenta (e com muita vida) tínhamos Guardian e, no espectro oposto com uma jogabilidade bem rápida e pouca vida podíamos escolher Duchess. Já para os fãs de magia e feiticeiros tinha a Recluse, personagem esta que pensaria eu que seria a minha escolha óbvia, mas não. Como estava sempre muito dependente do loot que calhava, tornava-se complicado jogar com magia quando não recebia armas para tal, o que geralmente via a minha personagem à marretada e a dar pouco dano, o que me levou a jogar mais vezes com Wylder porque mais facilmente me adaptava ao equipamento que saía. Cada personagem tinha também as suas habilidades especiais, únicas, que bem usadas traziam uma boa vantagem nos combates, algo que muitas vezes até me esquecia que as tinha, por falta de hábito.
Talvez o que me incomodou mais foram mesmo as questões roguelite, sem construir a minha personagem ou definir bem (e explorar) os seus atributos, ataques ou habilidades. Em Nightreign estava à mercê do loot que me calhava, escolher uma peça de equipamento ou skills que apareciam ao matar os bosses e, basicamente, jogar com isso. É interessante que cada nova sessão é diferente, mas o que mais gosto dos Souls são mesmo as várias coisas que o tornam num RPG, que aqui parecem ser inexistentes. É certo que muita coisa vai mudar para o produto final, mas passar apenas um conjunto de pseudo amuletos que podia equipar a minha personagem não é o suficiente para sentir que estou a construir a minha personagem.
Este primeiro contacto com Elden Ring Nightreign foi interessante, acima de tudo bastante divertido mesmo quando não sou o maior fã de roguelites. Fora os problemas de conexão que surgiram (afinal, estes testes são mesmo para isso) foram algumas horas bem passadas que me deixam curioso com o produto final, onde reservo uma reação mais a sério ao jogo até jogar o produto final, este que será lançado a 30 de maio!