Ys Memoire: The Oath in Felghana


Uma remasterização simples, que acrescenta ao jogo divertido e frenético que é um Ys.

Oath in Felghana é mais uma das muitas aventuras de Adol Christin que a saga já nos contou. Esta em particular é temporalmente próxima (os números não são cronológicos é dessas séries) ao início das aventuras. O jovem Adol e o seu companheiro Dogi decidem visitar a terra natal de Dogi, 8 anos após este a ter deixado. Dogi é recorrente em quase todas as entradas (sendo inclusive jogável nalgumas), o fiel companheiro com os pés assentes no chão e um belo punho para apresentar às paredes que estorvam Adol. Não começa com um naufrágio! Ao contrário da grande maioria das histórias, mas como sempre aquilo que começa por uns pequenos monstros a serem agressivos depressa se torna numa expansiva aventura por aquelas terras com muita ação à mistura.


O que dizer de Ys como jogo? Eu quando joguei o meu primeiro (Ark of Naphistim) fiquei fascinado. Como nunca tinha ouvido eu falar disto ou jogado isto? A ação é frenética e nos modos de dificuldade mais alta um autêntico teste de reflexos e sangue-frio. Nos mais habituais tem mais margem de manobra, mas é simples, rápido e exige adaptação. Adol tem um combo e ao longo da aventura desbloqueia mais umas opções. O foco está não na diversidade de movimentos, e sim em como utilizar os poucos da melhor forma possível. Os bosses são autênticos bullet hells com maneiras de derrotar que nem sempre são óbvias, mas com margem par ao jogador usar as opções que tem da melhor forma.


A exploração é feita por zonas, de florestas, a minas a masmorras míticas e de proporções cataclísmicas. À medida que vamos avançando na história vamos obtendo artefactos e outros objetos mais mundanos que nos permitem explorar mais, por exemplo, um equipamento que nos permite respirar debaixo de água ou dar um segundo salto para aquelas plataformas. Todos têm tesouros escondidos, normalmente atrás de obstáculos que nem sempre temos a solução imediatamente, levando a um revisitar das zonas para explorar todas os possíveis esconderijos. Tem também um sistema de upgrades linear, para melhorarmos equipamentos que apanhemos, um sistema de level up também linear. Ys dá menos opções de customização nestes sentidos para poder manter a escalada da ação sem ser necessário grind para acompanhar (claro que para os que gostam de maximizar tudo tem por onde explorar).


Na parte visual e auditiva é que se nota a remasterização. Já vos disse que banda sonora de Ys faria o Jimi Hendrix gritar de alegria? É frenética, composta inteiramente pela orquestra da Falcom ao vivo, e tem das melhores guitarradas de sempre. Tal como jogo acompanha o ritmo, tendo também peças melancólicas ou de antecipação conforme o desenrolar. A remasterização oferece 3 opções diferentes dentro das quais a original para os nostálgicos. A arte manteve-se relativamente igual com opção de podermos escolher as imagens dos personagens enquanto falam mais modernizadas ou as originais. E... Adol tem uma voz. Algo que só aconteceu nos títulos mais recentes, ele tem uma série de linhas faladas novas e é inclusive ele que narra o preâmbulo que está disponível no menu para os menos familiares com a restante história

Ainda que como remaster não mude significativamente do original, é uma excelente razão para revisitar ou para dar a conhecer uma das aventuras de Adol que certamente vai cativar.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Decibel-PR.

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