Primeiras impressões: Super Mario RPG


Sabiam que houve uma altura em que imensos jogos nunca saíam do Japão, ou até muitos dos que chegavam aos Estados Unidos nunca viam a luz do dia na Europa? Bem, isso acontecia mais frequentemente do que eu gostava, até porque muitos destes jogos eram RPGs que, diziam, não serem populares cá então não investiam no seu lançamento. Olhem para Final Fantasy VII, um marco na história mas foi preciso chegar ao número 7 para a série sair na Europa! Dos mesmos criadores surgia um curioso jogo que introduzia Super Mario aos RPGs, que nunca viu a luz do dia na Europa sem ser através da Virtual Console na Wii, mas tudo está prestes a mudar, finalmente!


Super Mario RPG tem sido uma aventura nostálgica, que me está a fazer viajar no tempo mesmo que não o tenha jogado em 1996 pelos motivos que já apontei. Um icónico jogo da Square Enix (SquareSoft na altura) que trouxe a sua mestria em criar RPGs, como Final Fantasy, ao universo de Super Mario, iniciando toda uma saga de jogos do género com o canalizador. Visualmente é uma réplica quase exacta do jogo original, agora com visuais 3D mas mantendo a câmara fixa isométrica do jogo original. Por vezes temos uma pequena sequência em que a câmara muda de plano, trazendo mais vida ao mundo extremamente colorido do jogo, dando também destaque às personagens que aparecem.

A história é bastante simples: num dia perfeitamente normal onde Bowser rapta, novamente, a princesa Peach, cabe a Mario ir resgatá-la e enfrentar o rei dos Koopa. Só que as coisas não vão bem como planeadas… pelo menos para o arqui-inimigo do nosso canalizador. Uma gigante espada cai sobre o castelo de Bowser, interrompendo o climax do momento e lançando todo o caos na região. Uma espada sob o nome de Exor, the Giant Sword (bastante… claro, eu sei) comanda o Smithy Gang que Mario irá enfrentar, encontrando aliados pelo seu caminho. Há imensa história, mesmo que ela pareça decorrer a um ritmo bastante acelerado, pois é simples e direta ao assunto.


Tudo aqui grita RPG clássico, ou retro, algo que me agrada por completo porque é exatamente o tipo de jogo que adoro. Da apresentação à narrativa, os seus visuais e banda sonora, a própria jogabilidade leva-nos a outros tempos mas com vários toques modernos para manter o jogo bastante atual. É um jogo fácil de pegar mesmo que não sejam fãs de RPGs, mas gostem das aventuras de Super Mario e tenham alguma curiosidade com este título, tão bem aclamado por muitos. Falando da banda sonora podemos escolher entre a versão original como a nova versão totalmente refeita, o que sinceramente digo: ignorem a original. As músicas todas que ouvi até agora estão incríveis, a mestria de Yoko Shimomura é notória, respeitando totalmente a banda sonora original mas trazendo o seu inconfundível toque ao jogo.

Sendo fã de RPGs este é um jogo que não o tenho conseguido largar, devorando-o tão rapidamente que dou por mim a avançar no jogo e aproximando-me dos momentos finais, que aguardo impacientemente tendo noção do que me espera. O jogo sabe acompanhar o ritmo a que jogo, a entrada nos combates são instantâneas e, em poucos segundos com ataques certeiros sou vitorioso e sigo para o inimigo mais próximo, repetindo o processo. Se há algo que Super Mario RPG faz de bem são os combates, bastante simples e sem serem necessárias grandes estratégias, embora existam fraquezas nos inimigos para tirar partido e, também, ataques a que eles são resistentes e não devemos usar.


A satisfação está no sistema de combate em si, quase que ritmico, onde temos de premir os botões no momento certo, ou outro tipo de inputs, tanto a atacar como a defender. Temos uma interação constante com os combates onde a nossa atenção é requerida, os ataques especiais sabem bem quando aplicamos o timing certo e damos uma bela quantidade de dano aos inimigos, ou de quando nos defendemos no momento certo e vemos que não recebemos dano nenhum. Com isto não quer dizer que o jogo é difícil ou inacessível, até porque temos um modo de dificuldade mais baixo para eliminar algumas frustrações. Só digo que em certos combates, por ter falhado o timing na defesa, vi Mario a perder metade da sua vida e causar-me algum pânico (resolvido depois por um cogumelo que recuperou a vida toda).


Há muito que quero falar sobre o jogo, mas este foi apenas um cheirinho do que Super Mario RPG traz quase 30 anos depois do lançamento original, que irei aprofundar mais na análise ao jogo. Até lá? Bem… tenho estrelas para apanhar, bosses à minha espera e o “mundo” para salvar. Com o lançamento para 17 de novembro, falta pouco para todos poderem, também, partir nesta aventura!

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