Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr


Análise por André Santos / Parceria Future Behind

Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr é um Action RPG que nos transporta diretamente para o centro da franquia Warhammer 40K na pele de um polícia especial, um Inquisidor, que viaja pelo universo no longínquo 41º milénio com o objectivo de aniquilar cultos, hereges e seres alienígenas que ousam opor-se às leis criadas pelo Imperador.

No início do jogo, e depois de criar conta na Neocoregames (processo que nos rouba uns bons 5 minutos), temos a possibilidade de escolher a nossa personagem. Podemos selecionar um de três Inquisidores, e em cada um deles temos três subtipos, cada uma com diferentes características que podem alterar a forma como progridem no jogo.



Psíquico – Estes inquisidores estão equipados com armaduras leves e armas que podem ser ajustadas psiquicamente. São de origem Psíquica Primaris e conseguem canalizar energias sobrenaturais para banir demónios.

Cruzado – Servem o imperador como guardas de honra, com artilharia e armaduras mais pesadas os inquisidores de origem Cruzada são os mais lentos dois três mas também são os que melhor conseguem usar armas mais pesadas para confronto corpo a corpo sendo assim ideal para confrontos mais próximos.

Assassino – Como o nome indica antes de se tornar uma inquisidora serviu o império como assassina, aniquilando hereges, traidores e outros inimigos. Dos três é sem dúvida o inquisidor mais rápido e os únicos que tem uma habilidade própria para se esquivarem dos ataques independentemente da armadura que estiverem a usar.

Warhammer permite-nos até criar mais que uma personagem, mas a verdade é que o sistema de ataque e defesa do jogo acaba por ser bastante idêntico em todas elas, não alterando a forma como ultrapassamos os nossos inimigos ou a dificuldade que encontramos ao combater cada um deles.


Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr é um RPG que tanto pode ser jogado no modo campanha, modo online ou mesmo num modo cooperativo local. No modo campanha a nossa aventura começa com a nossa personagem a ficar presa numa nave, de nome Martyr, que parece abandonada há alguns milénios. O nosso objetivo passa por encontrar mais pistas sobre essa mesma nave ao mesmo tempo que tentamos sair de lá. Pelo caminho vamos encontrando alguns inimigos que temos que enfrentar de forma a nos adaptarmos aos controlos do jogo e a forma de combate neste RPG, percebemos também como interagir com os cogitadores, computadores da nave que nos vão dando pistas na forma de registros feitos pela tripulação anterior. É durante esta primeira missão, que funciona muito bem como prologue, que percebemos também como vamos recebendo os nossos objetivos e de que forma conseguimos mais munições e vida para conseguir resistir aos ataques.

Ao ultrapassarmos este primeiro conjunto de missões somos teletransportados para a nossa própria nave onde nos serão dadas a futuras missões e que funciona um pouco como centro de comando. É aqui que podemos guardar itens que temos a mais no nosso inventário, onde podemos explorar o universo através de uma mapa estelar muito bem elaborado e também onde podemos escolher o modo de jogo que queremos explorar. Em relação ao modo de jogo, para além do modo campanha, apenas podemos falar do modo cooperativo local dado que o modo online não se encontrava disponível na altura desta análise. O modo cooperativo funciona através da ligação de um segundo comando associado a uma segunda conta na mesmo sistema de jogo ou através de uma conta de convidado. Permite-nos, tal como no modo campanha, escolher a missão que queremos fazer mas aqui com ajuda de um outro inquisidor, o que pode ajudar bastante em algumas missões mais complicadas. Durante o decorrer do jogo, navegando através do mapa estelar podemos escolher várias missões, desde as principais que nos vão ajudar a chegar a cada um dos nossos objetivos como missões secundárias que certamente nos ajudaram a evoluir o nosso inquisidor.


Mecânica do jogo

Durante a nossa análise ficamos surpreendidos, pela positiva, com o nível da narrativa de Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr. Cada inquisidor tem a sua própria voz e mesmo as personagens secundárias estão bem apoiadas pela narrativa que acaba por ser bastante envolvente e que nos mantém agarrados a história deste RPG de acção.

Parte dessa história é-nos contada nos momentos cinematográficos do jogo, que embora sejam ricos em narrativa parecem saídos de um timelapse, deixando assim a ideia que o frame rate do jogo não é tão elevado como deveria ser.

Se ganha na narrativa, o título acaba por perder na mecânica de combate. Desde o inimigo mais fraco ao boss mais forte a mecânica é igual e repetitiva, temos que atacar com as armas disponíveis e ter cuidado para que a quase inesgotável barra de vida não se esgote. Existe ainda um simples sistema de proteção que coloca a nossa personagem a correr de proteção em proteção, mas a verdade é que não é de todo eficaz. Mesmo protegidos atrás de uma caixa ou de um pilar acabamos por ser atingidos pelos ataques inimigos. Ainda no sistema de combate importa dizer que, como já referimos, tirando a velocidade ou o tipo de armas de cada inquisidor não notamos grande diferença no tipo de combate quando mudamos de personagem.

A evolução da personagem é feita através de pontos de evolução que adquirimos ao avançar no jogo e ao completar tarefas intituladas como façanhas. Ao fim de 6 missões feitas já tínhamos conseguido conquistar 3 pontos de evolução o que nos faz dizer que conseguimos evoluir a personagem a um bom ritmo. Estes pontos de evolução podem ser usados para fazer upgrade a várias vertentes do nosso inquisidor, desde a capacidade de ataque à distância como ao movimento ou mesmo aos pontos de vida, este último que já é bastante elevado sem nenhum upgrade.


Por fim, resta dizer que Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr é um jogo que promete bastante, quem é que não fica de olho num Action RPG baseado no universo de Warhammer? Mas a verdade é que o sistema de combate repetitivo e o nível de dificuldade não muito elevado fazem com que este seja um RPG que nos acaba por aborrecer passado poucas horas de jogo, não fossem as narrativas e a história fantástica que o título proporciona e tornava-se um pouco cansativo fazer esta análise.

Lançado a 5 de junho de 2018 na loja Steam, Warhammer 40,000: Inquisitor – Martyr fica agora disponível a 23 de agosto tanto para PlayStation 4 como para Xbox One.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Upload Distribution

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