Prison Architect: Nintendo Switch Edition


Prison Architect é um simulador de gestão e estrutura prisional topdown view que havia sido lançado anteriormente para PC, PlayStation 4 e Xbox One, chegando agora à Nintendo Switch com as suas duas expansões já disponibilizadas (All Day and a Night e Psych Ward), tendo sido prometido o Escape Mode para lançamento como DLC até ao final do verão.

Neste jogo, os jogadores podem contar com ferramentas de desenho, gestão, planeamento, construção, designação e controlo das necessidades de uma prisão, sejam elas humanas, sejam elas materiais. O jogo faz um esforço olímpico para nos mostrar as funcionalidades todas que nos são apresentadas através de um tutorial em forma de história encantadora de uma família da máfia italiana (que outra máfia poderia ser?).


O jogo aparenta ser simples e fácil, mas rapidamente se torna num turbilhão de coisas para fazer, quando as necessidades de entretenimento, de higiene, de comida e roupa se acumulam e nós, pacatos jovens arquitetos não sabemos o que na verdade nos espera nas paredes do confinamento. Também não ajuda quando repetidamente pensamos ter todas as necessidades requeridas para certa divisão mas por algum motivo, não nos deixa avançar, forçando-nos a tentar perceber quais os passos para resolver este problema. Um pequeno inconveniente num jogo de sandbox que nos dá as ferramentas para criarmos o que vai na nossa cabeça.

Como este jogo já tem uma larga base de utilizadores em outras plataformas, a inclusão do modo World of Wardens brilha na Nintendo Switch e a sua natureza pick-and-play, pois podemos iniciar o jogo com plantas já criadas por outros jogadores e apenas nos preocupar com a gestão da prisão, o que é uma grande ajuda. Como prometido pelo jogo, nós podemos definir se queremos ser duros que nem Guantanamo Bay ou permissivos como qualquer uma escola secundária (a prisão que todos nós conhecemos).


A execução do jogo nesta consola podia ter tirado todo o partido do ecrã tátil que a consola oferece. É muito mais prático desenhar um quarteirão de celas recorrendo a um ecrã que a dois analógicos para mover a câmara e ponteiro. O ecrã tátil é pura e simplesmente ignorado. No entanto, o mapeamento dos controlos é fluido e intuitivo, não sendo algo intruso que nos incomode.

A portabilidade da consola permite que tenhamos sempre aquelas Iron Walls prontas para a nossa gestão cerrada quando realizamos uma visita à casa de banho e vejamos como se portam os nossos reclusos. Mas aviso, como qualquer outro simulador (Stardew Valley, estou a olhar para ti), Prison Architect pode acabar por consumir demasiadas horas a um jogador, a fim de termos a planta ideal, com a melhor rentabilização de espaço e recursos, maximizando os ganhos e evitando ao máximo a revolta dos reclusos.


Prison Architect entrega o que promete: uma experiência de gestão e planeamento de uma cárcere, poderosa e bem pensada, que entrega ao jogador infinitas possibilidades de jogo. Com a exceção da exclusão do ecrã tátil, apenas tenho de me queixar de algumas paragens e lentidões gráficas, quando o jogo gravava o meu progresso e tentava mover a câmara muito depressa. Este é um jogo que certamente irei visitar várias vezes.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Cosmo Cover.

Latest in Sports