World of Warcraft: Battle for Azeroth


O mundo de Azeroth prepara-se para um novo confronto entre a Alliance e Horde, uma guerra que começou há 24 anos quando o primeiro jogo da série foi lançado. Há 14 anos chega World of Warcraft, marcando o início de todo um fenómeno global ainda presente, e agora com o lançamento da nova expansão Battle for Azeroth os jogadores armam-se para um novo conflito, e após os eventos de Legion a guerra entre as duas fações chega a um ponto não visto há muito tempo, mesmo após eventos que uniram o mundo contra inimigos comuns nas várias expansões.


Neste capítulo exploramos novos locais: se formos da Alliance somos enviados o reino de Kul Tiras onde visitamos um mundo de piratas, magia negra, bruxaria e demónios. Já a Horde visita o império de Zandalar, fortemente influenciado pelos Maias e Astecas, com divindades animais e dinossauros à mistura. Independentemente do lado que seguimos, no decorrer da expansão visitamos ambas as novas zonas, mudando apenas a história e as muitas missões que ela contém.

Divididas em 3 zonas cada, as novas áreas são enormes e recheadas de conteúdo por explorar. Há todo um leque de novos (e velhos) personagens que nos acompanham nesta aventura, missões umas atrás de outras, novas masmorras e bosses por derrotar, etc. Chegar ao nível 120 é feito naturalmente e sem precisar de perder horas a fio num grind excessivo: as quests dão experiência mais do que o suficiente. Mas atingir o nível máximo é apenas o ponto de partida para a expansão, e o jogo só começa realmente quando chegamos a este ponto. A partir daí estamos realmente prontos a entrar em guerra contra a fação oposta, e explorar a sério Zandalar e Kul Tiras, e novas masmorras que então aparecem.


Mesmo sendo rápido a chegar a nível 120, a aventura até lá não é curta, pelo contrário! Acompanhando o meu Nightborne Elf, membro da Horde, a história em torno de Zandalar está recheada de surpresas, personagens interessantes, novas raças a conhecer, cenários fantásticos ricos em detalhe e com muito para explorar. É certo que ao longo dos anos World of Warcraft tem recebido imensas atualizações que melhoraram muito o aspecto do jogo, mas não deixa de ser impressionante como em 14 anos de WoW somos recebidos com cenários incríveis que dão vontade de explorar, mantendo o aspecto simples e colorido que tem acompanhado a série.

Algo de estranho é que, depois de muito ênfase na guerra entre os dois lados, acabamos por explorar as novas zonas e resolver os problemas que os seus habitantes têm de enfrentar. Embora o objetivo seja reforçar militarmente a nossa fação, acabamos por estar algum tempo desligados e parece que a guerra é apenas algum barulho de fundo. Houve mudanças e agora o modo "Player vs Player" é opcional, independentemente do servidor que estejamos, mas se isso é um motor principal da luta entre fações o resultado não é o mais propício ao sentimento de guerra.

Não há grandes mudanças relativamente à jogabilidade, embora tenhamos perdido a nossa Artifact Weapon, sacrificada no final de Legion. Desta vez recebemos o Heart of Azeroth, um amuleto que vai ganhando força à medida que apanhamos Azerite, um bem precioso e peça fundamental para a guerra. À medida que esse amuleto vai aumentando de nível, várias peças de equipamento que apanhamos ganham novas habilidades, que podemos escolher de modo a adaptar-se melhor ao nosso estilo de jogo. De resto, fora algumas alterações já previamente feitas a todas as classes, pouco muda nas habilidades principais do nosso personagem.


O derradeiro grind começa assim que desbloqueamos World Quests, missões diárias que aparecem espalhadas pelas 2 novas zonas com recompensas como Azerite, dinheiro, recursos diversos e ainda equipamento. Algo fundamental destas quests é darem reputação, um bem muito preciso não só por desbloquear conteúdo, mas num dos casos é o que nos permite continuar a campanha principal da expansão. Há muita coisa para desbloquear, e o jogo oferece-nos os meios para tal, sendo apenas preciso dedicar o tempo necessário como é habitual em MMORPGs.

Battle for Azeroth é rico em conteúdo, desde as novas raças (algumas disponíveis antes do lançamento, para quem fizesse pré-reserva) a futuras raids que estarão disponíveis a partir de setembro. Tem havido uma forte promoção por parte da Blizzard, quer seja pelas curtas metragens Warbringers que explora a história de cada um dos personagens representados, a bastante publicidade em que "Horde vs Alliance" é bem vincado. O lançamento foi um sucesso e esta é a expansão que mais depressa vendeu na história de WoW, algo bem visível no dia de lançamento já que os servidores contaram com alguns problemas e um lag notório. Duas semanas depois e ainda existem alguns problemas, como quests com alguns bugs entre outras situações.


Há muito por explorar com conteúdos a serem acrescentado ao longo das próximas semanas (e meses), e para os curiosos esta é uma boa altura para se juntarem ao jogo e explorar Azeroth. Houve mudanças recentes que afectam o modo como subimos de nível, que nos permite explorar melhor o jogo ao nosso gosto. Também comprar Battle for Azeroth permite subir um personagem logo para nível 110, estando apto para entrar de imediato no novo conteúdo (embora não recomende isso a quem se esteja a iniciar!). Há vários incentivos, quase década e meio de conteúdo por explorar que podemos usufruir ao nosso ritmo.

De momento o feedback que tenho de Battle for Azeroth é bastante positivo, sendo que durante os próximos meses vou estar (quase) diariamente no jogo, e para além de conseguir melhor equipamento para o meu personagem principal, já conto com outros candidatos para entrarem nas novas zonas. A expansão agarrou-me bem, tal como Legion o conseguiu, e dá-me vontade de entar no jogo diariamente de modo a melhorar cada vez mais o meu equipamento.


Nota: Esta análise foi efetuada com base numa cópia final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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