Beat Rush


Recentemente joguei um speed runner pelo qual fiquei encantado, Miles e Kilo, um jogo verdadeiramente bonito e charmoso, o qual entra como um dos melhores títulos indie que joguei este ano. No entanto agora a análise é ao Beat Rush, do mesmo género e que não deixa de ser interessante, o melhor é ir por pontos.

Beat Rush é um jogo interessante, cuja ideia é correr num cenário 2D sem qualquer tipo de travão seguindo o ritmo da música, por vezes saltar na tarola, por vezes saltar no bombo, dependendo da música. No entanto as músicas estão sempre à volta do género electrónico/trap e com um bom som, os próprios criadores recomendam usar headphones enquanto se joga. Primeiro porque vai facilitar a vida ao jogador, segundo porque é bem mais perceptível a não ser que o jogador tenha umas 5.1 em casa para jogar Beat Rush.

O grafismo 8 bits tem umas belas cores, mas não é nada de surpreendente. Os cenários não são de todo inspiradores mas cumprem com os mínimos. Nestas correrias é preciso evitar armadilhas e buracos, cair em cima de plataformas ao milímetro, o que pode ser frustrante pois por vezes um toque suave no botão de saltar pode fazer com que o jogador salte duas vezes e falhe a queda fatalmente. Se ficarem a pressionar o botão de saltar, o personagem estará a saltar continuamente, visto que é o único botão de ação neste jogo.



O jogador terá de terminar a música de uma ponta à outra, a dificuldade é alta, cada falha custa ao jogador 70 moedas. Estas moedas podem ser coleccionadas pelos níveis, mas o problema é que cada moeda equivale a uma apenas, o que torna a tarefa árdua para recolher 70 e usar como checkpoint. Os checkpoints estão bem distribuídos, mas para que possam ser usados são precisos dispensar as tais 70 moedas por cada fatalidade e dar continuidade através do checkpoint. No início até pode ser fácil, no entanto com o passar dos níveis a tarefa começa a ficar relativamente complicada e frustrante, o que vai fazer com que o jogador tenha de recomeçar o nível constantemente por não ter em sua posse umas míseras 70 moedas.

Estas moedas não servem apenas para ser usadas nos checkpoints, podem ser usadas para comprar personagens novas, nenhuma com habilidades diferentes, todos correm e saltam por isso é apenas uma personalização básica que não interfere em nada na jogabilidade. Não há muito mais a fazer em Beat Rush, não que não seja divertido, mas é escasso em conteúdo.


Sendo um jogo para a Nintendo Switch, deu para jogar tanto com o Pro Controller na TV como pegar e jogar enquanto estava na esplanada, mas sente-se perfeitamente que não deixa de ser um jogo ao estilo mobile, quase obrigando o jogador a comprar moedas para conseguir ter alguma chance em avançar pelos níveis de maior dificuldade, o que pode arruinar a diversão mesmo as músicas sendo bastante audíveis. Melhor para ir sendo jogado a longo prazo e por curtos períodos.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Fury Lion Studios.

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