Haneda Girl


O quão fixe é ter um sabre de luz e um robô para destruir os malvados vilões? Haneda Girl mostra que muito e muito bem num jogo frenético e mais estratégico do que parece.

Nós somos Haneda Girl, ou melhor, uma menina que é a melhor jogadora de Haneda Girl do mundo e, por isso, convidada a encarnar a própria digitalmente e ser... Isto está a ficar confuso. Ponto é: somos Haneda Girl, temos um Robô chamado M.O.T.H.E.R. e estamos a ajudar o criador de Haneda Girl (sim, a piada escreve-se sozinha) a derrotar os Hackernauts e a restaurar paz ao império digital. Simples, néon, fixe. Tudo que é preciso para fazer um jogo divertido. O plot prossegue por aí com bastante humor à mistura, mas simples para manter o foco na ação.


Haneda Girl e M.O.T.H.E.R. têm controlos semelhantes, mas usos bastante distintos: podemos e devemos trocar conforme as circunstâncias, todos os níveis têm várias formas de ser completados. Cabe ao jogador decidir como e o que usar, Haneda Girl é mais rápida e pequena, mas, ao mesmo tempo frágil morrendo em apenas um hit. M.O.T.H.E.R. aguenta bem mais estragos, mas é mais lenta e maior impossibilitando certas passagens. A combinação de ambas e a troca juntamente com a execução adequada das habilidades de ambas é o que permite, assim que encaixamos no flow, tornar o jogo tão divertido (e uma obsessão para speedrunners). No fim de cada nível é montado o score e podemos depois competir connosco próprios para a melhor pontuação que depende tanto da velocidade como de quantos inimigos derrotamos (e como).


Os níveis são essencialmente puzzles, ainda que o jogo possa ser jogado como um metroidvania, a ideia dos criadores é uma mais frenética. Usar as primeiras passagens pelo nível para ver todos os caminhos possíveis e o que é preciso para chegar a eles, e usar tentativas seguintes para otimizar o percurso e conseguir o tempo e score mais rápidos. Todas as ferramentas importam e a combinação delas juntamente com boa pontaria e destreza vão fazer o score voar. Temos também uns níveis de desafio que ou com tempo contado, ou com limitações de ferramentas ou ambas nos obrigam a resolver mais puzzles para descobrir mais alguma da história ou outras armas e modos que permitem alternativas estratégicas.

Os níveis e inimigos são bastante simples ao nível de cores e padrões para ser fácil identificar o que é caminho e o que podemos utilizar para ultrapassar os obstáculos o mais depressa possível. A banda sonora e os efeitos são neonpunk tal como todo o resto e conseguem ajudar a ação a explodir de maneira ainda mais satisfatória. Não faz nada de absolutamente inovador neste sentido, mas não falha em nada também.


Uma experiência arcade, com mais estratégia do que parece é um jogo para dar muitas horas de diversão e otimização.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Studio Koba.

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