Achtung! Cthulhu Tactics


Imaginem juntar homens-lula ao Terceiro Reich. Yep, no joking! Sinceramente temos duas vezes mais motivos de querer terminar a campanha e derrubá-los.

Dos estúdios da Auroch Digital (Reino Unido) é-nos apresentado este Achtung! Cthulhu Tactics, um jogo puramente táctico em jeito de turn-based, como o tão aclamado pela crítica X-Com. No entanto poderemos apontar alguns elementos RPG lá pelo meio. Inicialmente pensado como jogo de mesa, este projecto Kickstarter foi entretanto adaptado para jogo de vídeo e está disponível para Nintendo Switch, PS4, Xbox e PC.

Estamos no ano de 1944 e a Segunda Guerra Mundial está no seu auge. Como parte da sua campanha global de “controlar” o planeta azul, as forças nazis pesquisam bem fundo a cena do “oculto”. Bom, tanto pesquisaram que inevitavelmente foram dar com um portal para outros universos… Posteriormente a essa descoberta, duas facções distintas dentro dos militares alemães, os “Nachtwölfe” e os “Black Suns”, quiseram aprender a desenvolver armas experimentais aproveitando a força do “Void” para os ajudar nas suas tentativas de dominar o mundo.

A resposta das forças aliadas para estas novas ameaças são quatro indivíduos, cada qual com a sua própria experiência no sobrenatural: a líder da resistência francesa Ariane Dubois, o cabo Akhee “The Eye” Singh, o sargento Carter e Harris, Capitão Eric Harris.


A premissa é boa, mas será que a substância a acompanha? Sinceramente, as primeiras missões são um pouco chatas e a história em si demora a aquecer. A história é contada em cutscenes (no ínicio do jogo), e no início de cada missão, em jeito de nota – felizmente tem voice acting. As personagens não interagem entre si, o que é uma pena. Poderiam perfeitamente ter abordado a história dessa maneira o que tornaria o jogo mais envolvente.

Tudo começa numa floresta meio creepy. O nosso grupo de quatro elementos está encarregue de se encontrar com tropas que saltaram de paraquedas de aviões aliados para território inimigo. Desta forma os cenários não apresentam grandes mudanças entre missões, ora estamos neste ambiente de floresta nocturna meio creepy com jeeps à mistura, que nos rendem proteção de ataques inimigos, ou num bunker militar subterrâneo com longos corredores que não apresentam qualquer tipo protecção/parede onde nos possamos abrigar.

A nível de gameplay fica a saber a pouco. Um jogo deste tipo grita estratégia, algo que não foi explorado a fundo. Não quero com isto dizer que esteja mau, fica apenas a sensação que falta algo para submergir o jogador por completo. O jogo usa um sistema de pontos de acção, permitindo a mistura de mecânicas entre ataque e movimento. Completar objectivos e efectivamente derrubar o inimigo restabelece o Momentum, que pode ser utilizado em habilidades especiais. Existem 3 tipos de habilidades:
•    Habilidade de movimento ou de ataque que usam apenas a barra de AP
•    Habilidade especial que utiliza apenas a barra de Momentum
•    Habilidade especial que utiliza barra de AP e barra de Momentum


Claro que, sendo um jogo do culto de Cthulhu, teria de haver um sistema de sanidade. Certos inimigos/monstros têm habilidades que podem causar problemas psicológicos, ou stress acumulado.

Achtung! Cthulhu Tactics apresenta um conjunto de missões secundárias, para além claro está das missões de história principal. Estas mesmas dão-nos acesso a certos objectos que poderemos usar durante as nossas missões e a experiência adicional que nos permite fazer upgrade ás personagens, introduzindo-as a novas habilidades, mas estas nem sempre são as mais interessantes. Seria interessante ter também a possibilidade de adquirir novas armas.

O jogador é exposto à mesma música sempre que encontra um grupo inimigo, o que convenhamos não é das coisas mais aconselháveis até mesmo quando a música nos agrada. Por outro lado, as melodias "vintage" que passam em modo de rádio durante o menu de selecção de missões é um toque bastante agradável.


Em jeito de conclusão, falta ressalvar o nível de desempenho na Nintendo Switch… Que por sinal não será dos melhores. O jogo apresenta quebras de frames acentuadas mesmo já em plena missão, dando até para notar quando novos inimigos estão prestes a aparecer só pela quebra de fluidez. Em geral, é de facto um jogo com boas ideias mas pouco exploradas.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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