A festa com Mario (e companhia) está de regresso! Num evento que tem vindo a ser recorrente, Mario Party regressa e traz consigo tanto amigos como antigos vilões no que parece ser um evento divertido, mas onde o caos muitas vezes parece reinar. Desta vez com
temos algumas novidades que vão abanar um pouco os ânimos da festa, enquanto muitas coisas familiares parecem estar de regresso. Como é que correu a festa? Bem, vamos descobrir nesta análise!
Com dezenas de títulos lançados, tal como vários jogos que marcaram presença na Nintendo Switch, Mario Party não requer quaisquer apresentações. Este é um tradicional jogo de minijogos onde percorremos diversos níveis em busca de preciosas estrelas para sermos os reis do tabuleiro! Até 4 jogadores podem participar, por isso temos espaço para trazer os nossos amigos e, não chegando, temos sempre personagens controladas pelo computador. Ainda assim o convite é ter mesmo uma sessão cheia com amigos pois, nada melhor que ânimos exaltados entre todos presentes na sala que, seja uma meia hora ou até mesmo hora e meia de sessão muita coisa pode acontecer!
A festa conta com mais de 20 personagens jogáveis, com algumas estreias que tanto vão buscar figuras populares como outras mais obscuras. Ninguém parece estar de fora, pois até um simples Goomba pode ser escolhido, o que geralmente me deixou a questionar “como é que o Goomba consegue usar aquilo se não tem braços?”. Certo, eu sei que não é suposto questionar lógica e física nos Mario Party, mas não conseguia pensar noutra coisa entre os vários minijogos. E com vários digo muitos, mesmo muitos, até porque contamos com mais de uma centena deles que vão de totais novidades aos mais clássicos, onde todos podem competir entre si ou serem divididos entre equipas em seleções completamente aleatórias. É o caos que reina e algo que me diverte sempre nos Mario Party, sendo que este se mantém bem fiel às suas origens sem
gimmicks estranhos que me deixam de pé atrás (estou a olhar para ti, Mario Party 9).
O mais divertido foi, sem dúvida, percorrer os imensos minijogos que me iam aparecendo. Patinar numa bota gigante à caça de moedas, vários desportos representados em sessões bem rápidas, jogos rápidos de ação e plataformas onde temos de sobreviver, lutas entre jogadores que muitas vezes pareciam colocar um jogador contra os restantes e ainda todo um grupo de minijogos temáticos de comida com alguns que me conseguiram abrir o apetite! É certo que tratando-se de um Mario Party não vou estar propriamente a contar com um jogo visualmente incrível, mas ainda assim este jogo conta com visuais bem incríveis e detalhados, desde comida realista a cenários que pareciam ser de recentes jogos de plataformas de Mario. Mesmo os vários tabuleiros eram ricos em detalhe, muito animados onde muita coisa parecia acontecer, mesmo quando a única coisa que importava era andar de casa em casa atrás das estrelas.
Os tabuleiros são todos diferentes e com níveis de dificuldade distintos, mas todos eles traziam algo de diferente às sessões de jogo, algo que ajudou a retirar muita da monotonia que sinto ao jogar os jogos mais antigos desta série. Para uma experiência mais tradicional temos a Floresta do Mega Wiggler onde a principal mecânica é poder mudar a posição do gigante Wiggler que está no meio do cenário, mudando assim o atalho criado, pois podemos andar nas costas deste dorminhoco gigante. Já outros tabuleiros são mais dinâmicos, como a Ilha Goomba que nos leva a explorar um conjunto de caminhos que mudam consoante a maré, ou a Fortaleza do Bowser onde o perigo reina e são imensas as armadilhas que nos esperam. Temos ainda o Autódromo Lança-Dados que parece a fusão entre Mario Kart e Mario Party, onde percorremos o tabuleiro a todo o gás e o Shopping Arco-Íris onde reinam as promoções e freneticamente andamos a colecionar carimbos, enquanto aproveitamos tudo o que é promoção. Há outros cenários como viajar para as nuvens no Castelo Arco-Íris do Mario (não confundir com o castelo da Peach) e uma viagem de comboio no Povoado Faroeste e, reforçando, são todos diferentes e trazem muita diversidade às sessões de jogo, estas que podem bem ultrapassar a hora e meia se jogarmos partidas com 10 rondas.
Durante as minhas sessões contra o “PC” consegui sentir todo um leque de emoções, que tão rapidamente estava a sentir-me o melhor jogador como rapidamente o Yoshi roubava-me uma estrela e, no que parecia ser quase um plano contra mim todas as personagens tentavam-me roubar o meu dinheiro todo, mesmo quando não estava em primeiro lugar. Momentos frustrantes que fazem parte da experiência, pois não seria um Mario Party sem todo o caos que lhe está associado, tanto nos minijogos como fora deles, sendo que ao jogar no modo de jogo Pro muita da aleatoriedade associada ao jogo desaparecia, tendo um foco mais forte na perícia. Ainda assim senti que tanto manter as minhas moedas como adquirir estrelas tornou-se um desafio ainda maior, pois o jogo era implacável.
A grande novidade para o tabuleiro está, sem dúvida, no Jamboree! Durante a partida uma das várias personagens do jogo podem aparecer num local específico do tabuleiro que, ao nos cruzarmos com ela ganhamos um aliado, de nome Dupla Jamboree! Ou… bem, temos a oportunidade de o fazer, seguindo-se um minijogo onde quem é vitorioso ganha a personagem, sendo que há vantagem para quem o encontrou no tabuleiro. Jogando com Bowser Jr. dei por mim a ganhar a confiança de Mario e, com ele, todas as suas benesses. São vantagens enquanto percorremos o tabuleiro como ganhar mais moedas ou poder comprar duas estrelas, se tivermos dinheiro para tal. É uma vantagem impressionante que dura poucas rondas, mas, ainda assim, podem ser a chave para a nossa vitória.
Além destes jogos tradicionais contamos ainda com o modo online, com o difícil de dizer Bowserathlon, uma competição online para 20 pessoas onde temos de alcançar a melhor pontuação em vários minijogos. Uma estreia na série onde reina o caos, mas, se procuram algo mais tranquilo há a Brigada Anti-Bowser onde até 8 jogadores jogam cooperativamente e enfrentam o gigante Bowser Impostor, atacando-o com bombas e, entre rondas, temos de participar em minijogos cooperativos para receber algumas benesses. Não há como comparar à experiência que temos a jogar contra amigos localmente, onde todos movem (ou não) o seu Joy-Con através dos imensos minijogos, mas estes modos online trazem alguma diversidade a um jogo para aqueles momentos em que não queremos apenas jogar o jogo “normal” contra personagens controladas pelo jogo.
Há toda uma diversão associada ao jogo que não dá para transmitir a não ser jogando, mesmo, principalmente se tiverem com quem jogar e dedicarem longas sessões de jogo tarde fora, e não só. Embora longe de ser revolucionário ou mude por completo uma fórmula mais que conhecida, este foi o Mario Party que mais me divertiu desde que me lembro, fazendo-me voltar a ele para “jogar só mais um bocadinho”. Sinto que é o melhor Mario Party há memória, com uma carrada de minijogos que não parecem terminar, tabuleiros bem diferentes uns dos outros e ainda algumas surpresas para jogar sozinho.
Fica assim o convite feito:
Super Mario Party Jamboree não falha e traz a diversão em torno da televisão, um acontecimento que, se possível, é para ser partilhado com amigos! Esta é, sem dúvida, a maior edição de Mario Party de sempre e, se são fãs, têm aqui mais um grande jogo para a coleção, ao mesmo tempo que se sempre tiveram interesse em jogar um título da série, esta pode muito bem ser o vosso ponto de entrada, extremamente acessível para todos os jogadores e ainda localizado em português do Brasil, sendo perfeito para os mais novos!
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Nintendo.