Akimbot


Do criador de Pumpkin Jack, agora estabelecido como o estúdio Evil Raptor, surge Akimbot, um título de ação e plataformas em terceira pessoa, inspirado pelos clássicos da era da PlayStation 2, lembrando, por exemplo o Ratchet and Clank. Este título tenta assim palmilhar terrenos já bastante explorados. O jogo explora um terreno familiar, sem grandes inovações, mas aposta nas suas personagens e jogabilidade frenética para se tentar destacar.

Akimbot é ambientado num universo com, passo a expressão, muita lata. Toda a sua população é composta por robôs em vez de pessoas, desde as mais diversas formas, cores e feitios, o que torna toda esta aventura bastante peculiar. O protagonista, um mercenário chamado Exe, encontra-se em sarilhos, mais propriamente dentro de um carro de transporte de robôs, com o objetivo de o levar para a prisão. É apresentado como uma personagem que não tem qualquer tipo de relação com outros indivíduos, conta apenas com o seu sentido de sobrevivência bastante apurado.

Acontece que neste mesmo veiculo de transporte encontra-se um companheiro flutuante, Shipset, que é o completo oposto de Exe. Sem qualquer tipo noção de mecânicas de sobrevivência, mas bastante falador e, portanto, carismático. Após formarem um acordo que consistia em ajudarem-se mutuamente até conseguirem escapar do carro transporte e porem-se a milhas daquela zona acontece algo inesperado. O planeta começa a ser atacado por forças malignas e o principal herói é claro, o jogador.


A dinâmica entre Shipset e Exe é bastante divertida, algo similar com o que se passa em Ratchet and Clank, sem tentar tirar mérito ao desenrolar de todas as linhas de texto aqui presentes, mas é tremendamente difícil não traçar qualquer tipo de comparação entre títulos pelo aspeto gráfico e jogabilidade. Embora seja uma dinâmica que funciona bem, na maior parte do tempo, a repetição e o tom constante de Shipset podem acabar por se tornar um pouco cansativos com o tempo.

Akimbot não tenta reinventar a roda do género. Ao seu dispor tem ferramentas que tornam a sua jogabilidade divertida tornando-a no verdadeiro marco desta aventura. O objetivo será o de atravessar cada nível com o intuito de derrotar o boss final e salvar o Universo. No entretanto, cada nível está repleto de inimigos, plataformas e pequenos puzzles ou mecânicas novas a cada nova curva. Por exemplo, é possível controlar uma nave espacial e disparar com os seus canhões sobre naves inimigas enquanto se tentar evitar os ataques inimigos. Ou controlar um T-Rex numa secção frenética dentro de uma caverna prestes a ruir.


Quanto às armas, Exe contará com uma arma comum, com balas infinitas e armas especiais, que terá de adquirir em pontos de venda específicos em cada nível, com a possibilidade de as atualizar com o intuito de as tornar melhor. Estas armas podem ser importantes no desenvencilhar de inimigos específicos. Por exemplo, a Sniper que permite estar afastado dos inimigos enquanto tranquilamente se atira sobre os mesmos, ainda que seja quase impossível estar-se quieto sem qualquer inimigo à volta, ou a arma laser que aplica dano over time, apenas se terá de manter o laser apontado aos inimigos.

Poderia ser ainda mais interessante se fosse possível trocar de arma especial durante a ação sem se ter de recorrer à loja anteriormente mencionada, porque para efetuar a trocar de arma é necessário entrar no menu de loja. Outro ponto menos positivo, é a falta de munição especial espalhada pelos níveis. É apenas possível recuperar munição de inimigos derrotados e nem sempre somos presentados com tal achado.
 

Com uma jogabilidade frenética e divertida, Akimbot proporciona horas de entretenimento, apesar de algumas falhas, como, a meu ver, a gestão das armas. Não é um jogo perfeito, mas é fácil de recomendar para quem procura um título de ação leve e nostálgico.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PlayStation 5, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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