Star Wars Jedi: Survivor


Sou grande fã de Star Wars e, quando saiu Star Wars Jedi: Fallen Order, tive de imediato de o jogar, foi um jogo estava mesmo incrível para os fãs de Star Wars e não só. Agora chegou-nos a sequela e uma vez mais, estamos perante um jogo sólido, maior e com muito mais para oferecer, no novo Star Wars Jedi: Survivor.

Pode-se dizer que esta é uma sequela que teve em conta o feedback dos jogadores quanto ao excelente primeiro título, nota-se que foi trabalhado de forma a limar os aspetos menos bons do seu antecessor e de facto as preces foram escutadas.

Embora já estejam disponíveis muitas análises e o jogo já esteja nas mãos de muitos jogadores e até nossos leitores, também temos uma palavrinha a dar quanto a este título para aqueles que ainda assim gostariam de uma opinião da nossa parte porque cada jogador tem a sua própria experiência, desde a exploração à jogabilidade e a própria narrativa ou até a sua performance para quem teve o azar de jogar no PC.

A nossa análise foi escrita com base na versão PS5 e já que estamos a tocar no assunto polémico da performance, pode-se dizer que mesmo na PS5 muito raramente sublinha-se, há ligeiras quebras de frame rate, embora raríssimo, chegou a acontecer, mesmo jogando no modo performance o qual eu prefiro sempre em troca da qualidade gráfica. Além disso, já foram lançados alguns updates, com mais prometidos para os próximos tempos, o que irá certamente melhorar a experiência para todos.


Para aqueles que não jogaram o anterior Fallen Order, não haverá problema algum em jogar Star Wars Jedi: Survivor, assim que iniciarem o jogo vão ter um pequeno resumo para ficarem a par do que aconteceu no passado, este pequeno excerto estará sempre no menu disponível para reviver o passado, embora aconselhamos a jogarem pois a parte final de Fallen Order dá arrepios pela espinha acima.

Normalmente, grande parte das sequelas arranjam alguma forma de retirar todos os poderes do protagonista para ter a obrigação de começar do 0 e obter todos os upgrades, já Survivor é bem diferente. Cal Kestis (o protagonista) não precisa de relembrar todos os movimentos e poderes do jogo original, o que é uma agradável surpresa, aliando a isso, vão obter imensos poderes novos, ataques e acima de tudo armas, o que não é a primeira vez que um Jedi usa uma Blaster na verdade, porém confesso que não foi a arma de eleição por mim usada, afinal de contas somos um Jedi e o próprio Cal aceitou sem grande entusiasmo.

Além da Blaster, o sabre de luz tem várias Stances, ou seja, vão poder escolher 2 Stances mas existem umas quantas para selecionar e que pode ser trocada nos ponto de gravação. Podem usar o Sabre de luz e uma Blaster, usar um sabre de luz em cada uma das mãos ou até a o sabre duplo tal como o espetacular vilão Darth Maul usou no primeiro Episódio de Star Wars. A acompanhar isso, vão ter uma data de upgrades para realizar a cada uma destas stances, mas não é só isso, há muito mais no que diz respeito aos upgrades.


Se as Stances têm uma “árvore” para efetuar os upgrades, a força e o próprio Cal conta uma “árvore” de upgrades para realizar. Para exemplificar, a força tem upgrades como controlar a mente dos inimigos já o Cal pode e deve realizar um upgrade de saúde. Estes upgrades vão levar tempo a ficarem disponíveis porque tudo depende do jogador, se realizar muitas side quests, eliminar uma grande número de inimigos e fazer um Scan com o seu companheiro BD para obter experiência para tal.

É preciso lembrar que estes dois jogos Star Wars têm uma inspiração em Dark Souls mas, antes que fiquem assustados, podemos dizer que o sistema é igual, mas a dificuldade é bastante menor. O sistema do qual falo é na obtenção de experiência e caso percam, vão ter de voltar ao local onde perderam, eliminar o inimigo que vos derrotou e aí sim recolher toda a experiência perdida. Pode ser meio frustrante para alguns jogadores mas diria que rapidamente vão adaptar-se, isto porque excetuando uma ou outra parte do jogo, a dificuldade é equilibrada e o maior azar é enfrentarem um boss de uma side quest que possa requerer um nível superior ao que se encontram na atualidade, fora isso, jogando a campanha normalmente, não terão qualquer problema.

De acrescentar que neste jogo vão correr, saltar, fazer parkour, escalar paredes e escorregar várias vezes por desfiladeiros como se fosse um jogo Uncharted. É claro que não é inovador, até no jogo anterior tinham mas, fazer o uso de ações como o dash vão tornar a experiência vibrante e daí para a frente os movimentos e a própria jogabilidade torna-se mais entusiasmente.

  
As lutas continuam um espetáculo, agora que podem usar todo o tipo de sabres de luz com as mais variadas stances, é o jogo mais completo se quiserem jogar como um verdadeiro Jedi, desde o uso da força como os ataques inteligentes com o sabre de luz e até o uso da blaster vão tornar as batalhas mais interessantes, embora com os bosses seja praticamente a mesma coisa, tudo isto torna-se extremamente emocionante e difícil ao descobrirem desafios que estão espalhados pelos mapas, alguns um verdadeiro massacre, aí sim vão tornar-se num verdadeiro Mestre Jedi.

O jogo tem uma vertente de customização gigante, desde a aparência de Cal Kestis ao sabre de luz, blaster e o próprio BD-1. Vão ter várias cores para o sabre de luz disponíveis para ir alternando, trocar de roupa ou até mudar o aspeto da barba e cabelo. Isto irá dar uma lufada de ar fresco pela longa campanha do jogo e estes aspetos físicos de Cal e customização do BD-1 podem ser encontrados em pequenos contentores pelo jogo fora ou então, comprar numa loja na aldeia em que uma cara bem conhecida se encontra a gerir um bar.

Quando digo cara bem conhecia refiro-me a uma personagem do jogo original, para quem jogou, são até várias caras novas e claro, não podiam deixar de colocar novas personagens à história para algo mais interessante. E falando das personagens, algo que não muda em Star Wars é a originalidade, o design delas, e claro não podia faltar o humor típico e genuíno da famosa saga.

Como dito anteriormente, o jogo pode levar muito tempo a completar, isto porque há imensos puzzles em masmorras, como bosses excecionalmente mais fortes de missões secundarias para enfrentar, além de vários colecionáveis que estão espalhados pelo vasto universo, isto porque agora temos um mundo semi-aberto para viajar e que por vezes pode deixar o jogador meio desnorteado, no entanto a boa notícia é da existência de certos animais das mais variadas localidades que servirão de transporte para os destinos pretendidos porque a pé, a distância seria longa, muito longa.

Por vezes vão jogar com companhia que vos irá auxiliar, de sublinhar que não precisam da vossa ajuda, o que significa que são bastante competentes, depois disso, podem claro, dar comandos para que vos possam facilitar as lutas contra inimigos mais poderosos ou numerosos.

Para deixar uma opinião quanto aos níveis/mapas comparado com o primeiro jogo, confesso que gostei mais de Fallen Order, talvez por ter sido um enorme impacto mas isto é apenas uma opinião mais pessoal, porque como jogo, Survivor é bastante superior e isso reflete-se em tudo aquilo que foi dito nesta análise. Desde os gráficos aos puzzles, tudo está detalhado e feito com muito amor, já a banda sonora não foi tão brilhante como tantos outros jogos mas, tem o seu toque do universo Star Wars incluído.


A força está com este título, é um facto que o jogo está superior ao Fallen Order que por sua vez já é um jogo brilhante, com tanto para explorar e colecionáveis que parecem não terminar, há aqui muitas horas incluindo um New Game Plus, é simplesmente um jogo a não perder este ano.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PS5, gentilmente cedido pela PlayNxt

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