Call of Duty: WWII
Eu sempre fui grande fã de jogos na primeira pessoa. Muito antes da existência de Call of Duty, quando Medal of Honor liderava o mercado no que diz respeito a jogos baseados na segunda guerra mundial. Um dia, alguns membros da equipa que trabalhava em Medal of Honor decidiram criar um jogo à parte com o nome Call of Duty. Rapidamente o jogo ganhou sucesso, isto porque conseguiu superar a qualidade dos jogos da velha franchise Medal of Honor, com ação explosiva e cutscenes que deixaram os jogadores sem fôlego.
Assim se deu início a uma das séries mais famosas da história dos videojogos. Até hoje, a Activision aposta bem forte em CoD, no entanto a série foi mudando de planos ao longo dos anos, mas os resultados foram sempre positivos. Será que CoD: WWII é apenas mais um jogo desta série que conta com lançamentos anuais mesmo que neste jogo se tenha regressado às origens?
Após vários anos a série regressou finalmente às batalhas memoráveis da segunda guerra mundial, onde a escassez de rações, gelo e cenários devastados marcam presença numa campanha que mais parece vinda dum filme de Hollywood.
A começar na Normandia e a acabar em Rhine, o jogo conta com os seus momentos explosivos e de cortar o fôlego. Para aqueles que nunca jogaram um jogo da série, vão certamente ficar estupefactos com os momentos incríveis que este proporciona. Os fãs já sabem que podem contar com tudo e mais alguma coisa, pois já estão mais que habituados. Sendo o primeiro CoD a passar-se na época da segunda guerra mundial nas consolas desta geração, não pude deixar de reparar na qualidade gráfica. Apesar de as cutscenes serem muito superiores em qualidade quando comparado com o grafismo do próprio gameplay, no geral, ambas estão impressionantes.
No entanto preciso de referir algo que não é de todo negativo mas que, comparado, desiludiu. No caso de terem jogado Medal of Honor: Allied Assault, a terceira missão trata-se do desembarque na Normandia, tal como sucede na primeira missão de COD : WWII, mas a verdade é que, embora os gráficos estejam soberbos neste jogo, o desembarque não tem a mesma intensidade que nesse velho Medal of Honor. A verdade é que o arranque do jogo parece um pouco lento, mesmo tendo a ação toda presente. O jogo começa a ficar interessante conforme vamos progredindo pela Europa dentro. Momentos como observar a Catedral de Notre Dame em Paris ou entrar num edifício repleto de Nazis a falarem num alemão perfeito são momentos vibrantes e que nos transportam precisamente para aquele lugar. E como é óbvio, se jogarem com um bom sistema de som, as explosões e os tiros que vos passam ao lado tornam a experiência magnífica.
Já joguei outros jogos da série e confesso que até estão superiores, talvez porque o efeito surpresa já não é o mesmo, pois espero que toda a campanha tenha momentos daqueles que a série já nos habituou e de que tanto gostamos, mesmo sendo apenas cinemáticos. Alguns deles, tal como no passado, contam com os famosos Quick Time Events. A jogabilidade mantém-se refinada como sempre e é na minha opinião um dos aspetos mais importantes. É por isso que a série consegue ser um sucesso, é fácil de se “pegar e jogar”.
Nem tudo está exatamente igual aos jogos anteriores. Neste novo capítulo, para além dos gráficos como é evidente, os companheiros de batalha que estão no campo desempenham um papel de suporte. Conforme a nossa performance e as nossas necessidades, podemos pedir assistência aos parceiros do nosso pelotão para receber saúde, munições ou até suporte aéreo. Quanto à saúde, apesar de nos dias de hoje se regenerar automaticamente, em CoD: WWII temos de usar kits medicinais para encher a barra de saúde, algo que gostei e de que já sentia falta.
Sinceramente, a campanha é sempre o que eu mais prefiro, mas para os fãs do multiplayer, para além dos modos habituais e que já foram apresentados no nosso site quando tivemos acesso à beta, está igualmente incluído o modo Nazi Zombies. Como o nome indica, e para quem já jogou os jogos anteriores por parte da Sledgehammer, sabe que desde o Black Ops temos vindo a receber este modo que os fãs tanto gostam. Neste modo o mais importante é a diversão em co-op. É um modo de sobrevivência no qual temos de matar ondas de tipos de zombies diferentes. As armas podem ser personalizadas e aqui testamos por completo as nossas capacidades de reação nas situações de maior tensão. Podem contar com quatro personagens diferentes e com isso um objetivo em comum, a sobrevivência em equipa.
Em Call of Duty: WWII sentimos na pele que temos um papel importante a cumprir nesta campanha em busca dum futuro pacífico e próspero. As seis horas de campanha são intensas e são as mais recompensadoras, no entanto podem continuar o tiroteio no modo Nazi Zombies. Um jogo que foi optimizado para as plataformas "4K" como a PS4 Pro e Xbox One X, mas não deixa de impressionar numa PS4 normal.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE.