Crimsonland


Se DOOM tivesse uma versão mobile, talvez o nome fosse Crimsonland. A capa pode muito bem enganar seja qual for o jogador, afinal de contas, é quase uma cópia da capa original do DOOM. Disse antes versão mobile, como poderia dizer uma versão "light" daquilo que o clássico representa. Mas o mais fácil será mesmo ir por partes, para que possam ter uma noção do que realmente se trata este indie.

Nos anos 90 surgiu DOOM, um verdadeiro clássico que até nos dias de hoje conta com um enorme sucesso e que se destaca não só pela violência, mas pela diversão da total carnificina, algo que eu gosto imenso nos videojogos do género. Este indie, versão remasterizada do original Crimsonland lançado em 2003 para PC, resolve então pegar no estilo de câmara top down que foi usada em vários jogos nos anos 90 tais como “Loaded” e com um único objetivo em mente: eliminar hordas de inimigos. Desde aranhas enormes, zombies e aliens que nos atacam por todas as partes do cenário e que obrigam ao jogador ter a perícia de esquivar e matar tudo e todos até não restar uma única criatura. O objetivo é mesmo sobreviver a ondas de inimigos até ao nível final.


Para que o jogo não se torne rapidamente enfadonho, as armas começam a ser desbloqueadas desde que iniciamos o jogo, o que me agradou poder ter uma caçadeira a desmembrar zombies e aranhas com tiros realistas e que nos fazem sentir que temos uma verdadeira arma de fogo que responde perfeitamente ao botão de disparo. Para além das armas de todo o tipo e feitios, vão desbloquear Perks que ajudam a acelerar os movimentos da nossa personagem, a aumentar mais depressa de nível, desacelerar o tempo como usar telekinesis para arrastar os power ups para o nosso lado. Por falar em power ups, estes vão sendo recolhidos pelas batalhas que temos contra os inimigos. Sempre que matamos as criaturas, algumas delas deixam power ups para serem usados em nossa vantagem. Existe todo o tipo de power ups, por exemplo, uma bomba que rebenta até a um certo diâmetro ou uns disparos ao nosso redor por um tempo limitado.

Para além do modo Quest, existe um modo Survival  com 6 capítulos. Neste modo, tal como o nome indica, vão ser desafiados a sobreviver o máximo de tempo possível contra as hordas de inimigos que vão surgindo no ecrã. Para que se torne em algo competitivo, existe uma tabela de liderança para que possam discutir quem é o melhor entre vocês e os vossos amigos que jogarem Crimsonland.


Na verdade, apesar de ser divertido, o jogo é praticamente “sempre a mesma coisa”. O que ajuda imenso é o facto de ele ser divertido e ter um vasto leque de armas, perks e power ups pelo jogo fora. Não estivesse carregado de conteúdo assim, podem ter a certeza que o jogo se tornaria bastante aborrecido, até porque a música, apesar de se adequar ao estilo de jogo, consegue tornar-se um pouco repetitiva.

Algo de muito agradável que este jogo tem é o facto de poderem jogar em modo cooperativo até quatro jogadores em simultâneo. Sendo a versão Nintendo Switch, contam com a portabilidade, o que traz um valor acrescentado. Se querem um jogo rápido e divertido, brutal e desafiante, Crimsonland será uma boa escolha, um banho de sangue como só no clássico DOOM.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela 10tons

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