Mario & Luigi: Superstar Saga + Bowser's Minions
Desde 2003 que temos tido aventuras de Mario & Luigi bastante caricatas: viagens no tempo com duos improváveis em Partners in Time; aventuras nas entranhas de Bowser em Bowser's Inside Story; explorar o mundo dos sonhos de Luigi em Dream Team Bros. e ainda cross-overs com Paper Mario em Paper Jam Bros. Cada título é bastante diferente dos outros, com histórias únicas e sempre mantendo o sentido de humor de que já é característico, onde até mesmo velhos vilões nunca são levados a sério. Voltar ao início da série foi-me bastante curioso, e mesmo ainda hoje o jogo parece atual, não tivesse jogado o original algumas vezes até me teria parecido um jogo novo.
Como grande novidade do jogo é Minion Quest: The Search for Bowser, uma história em paralelo com a principal em que tomamos o controlo de lacaios de Bowser, numa aventura para o resgatar. Aqui todo um conjunto de Goombas, ShyGuys entre outros conhecidos enfrentam várias hordas de inimigos, e tal como em Mario & Luigi temos momentos em que premir um botão no momento certo é a chave para a vitória. Acaba por ser mais interessante do que inicialmente parece, e a história mantém bem o carisma especial da série.
Mas enquanto que se nota o carinho que o jogo original teve, senti a falta de dois elementos que adorei nos 2 jogos anteriores mas que aqui não estão presentes e que me deixaram bastante desconsolado. O mais grave é a falta da localização em português, algo que achei fantástico principalmente em Dream Team Bros., não só por manter na perfeição o estilo de humor mas também o modo como conseguiu encaixar muito bem vários termos e nomes em português. Outra falha é a ausência do efeito 3D, com cenários que funcionavam muito bem com os gráficos 2D do jogo e causavam uma muito boa impressão.
Já a jogabilidade foi melhorada, desde poder acelerar a velocidade do jogo em sequências de história a menus mais práticos tanto ao explorar o mundo como durante os combates. Tal como a série nos habituou, as batalhas são um misto de RPG por turnos e um jogo de ritmo, em que todos os ataques envolvem premir botões no tempo exacto para melhores resultados. O jogo facilitou bastante este sistema, pois não só as dicas visuais são mais fáceis de perceber agora, como há um modo "Easy" que facilita imenso tirar o melhor partido dos ataques especiais a custo de dar menos dano.
Já algo que ainda me puxa no jogo é a sua longevidade, pois o que aparenta ser um jogo curto e com um mapa pequeno, acaba por se desenrolar em bastantes horas de jogo, onde mesmo ao revisitar partes do jogo há sempre coisas a descobrir. O jogo não é monótono, a história consegue agarrar e, mesmo tratando-se de um jogo de 2003 é um jogo que continua a ser bastante atual, não só pelo sistema de batalha único, como por não funcionar à base de quests secundárias, algo que era bastante normal.
A 3DS continua a ser um grande palco para os RPGs, e mesmo passados estes anos todos continuamos a receber bons títulos dentro do género na consola. Superstar Saga ainda é um dos favoritos da série para muits fãs, e este remake acaba por ser uma grande oportunidade de matar saudades. Quem nunca o jogou tem um bom título a considerar, mesmo sendo bastante mais simples quando comparado com os jogos que se seguiram.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo 3DS, gentilmente cedido pela Nintendo.