Picross S


Nunca joguei um Picross, mas vi várias versões a serem jogadas e a minha impressão foi: Picross é Picross seja qual for a sua versão. Este Picross S não foge à regra, é mais uma aposta segura, mas na Switch. Não deverá faltar muito até termos as suas mil e uma versões na consola. O preço convidativo também não repele um público que espera por mais jogos do género; jogos para jogar na pausa de jogos maiores.

Se estão aqui é porque estão interessados neste jogo. Se gostam de jogos de lógica, alguma matemática e tem tempo e dinheiro de sobra, aproveitem. Não se vão desiludir, em alternativa sempre podem jogar Sudoku no jornal do Metro.


Tal como no Sudoku, um tabuleiro de Picross é uma grelha que pode ir de 5x5 a 10x10 ou ainda maior. Arrisquei e só ganhei lágrimas de frustração. Nas margens de cada linha ou coluna verão números que indicam quantas células coloridas poderão marcar na linha ou coluna sem se sobreporem. É complicado escrever, mas faz sentido ao vivo. As células vazias poderão ser marcadas com o X para não se confundirem. Quando e se conseguirem acabar o tabuleiro irão reparar que o mesmo apresentará uma imagem em pixel. É quase como montarem um puzzle.

Se parece complicado é porque o é, não há como o esconder. Para mim é, pronto, mas o jogo disponibiliza uma mão para vos ajudar. Desde guias que ensinam a jogar, uma roleta de ajuda que revela as células coloridas de uma linha ou coluna e um revisor de erros que mostra onde errámos. Claro que podemos desligar as ajudas e partirmos à descoberta. E podemos ir sozinhos ou dar um Joy-Con a alguém para nos ajudar. Embora seja para nos ajudar, também pode haver uma certa competição para ver quem pinta mais células.

Este Picross está repleto de conteúdo até mais não, com 300 puzzles não sentirão falta de nada. Além dos puzzles normais, poderão arriscar os Mega com duas filas ou colunas em vez de uma ou, como gosto de chamar: Não, obrigado.


Tendo em conta que não joguei os anteriores, não tenho como os comparar, mas sinto que esta iteração foi feita em cima do joelho sem algumas funcionalidades de outras versões ou, grave, sem suporte ao ecrã táctil. Sério? Este é o jogo adequado ao toque, em vez disso temos de ir com analógico seleccionar as células – podemos seleccionar várias de uma só vez. Deduzo que essa limitação prenda-se com a portabilidade e modo TV, mas enfim.

Para concluir, Picross S não inventa a roda, não traz nada de novo e foi lançado apenas para dizer que está na loja. Serve para ocupar algum tempo e para gastar aqueles trocos que sobraram de outros jogos. Um jogo que apenas os amantes verão o fim.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Jupiter.

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