The Front

À primeira vista The Front pode parecer uma nova cópia de Rust, um jogo com sucesso enorme entre os jogadores online, que requer a atenção e dedicação constante para sermos eficazes e ter uma equipa que esteja disposta a colaborar conosco. Se fazem inimigos cedo e podem dizer adeus a experiência, pois The Front vai exigir aos jogadores dedicação para tirarem o máximo proveito ou, senão, podem desde cedo esquecer.


O género de jogo é, como disse, exigente. Não é um jogo fácil e além disso requer que o jogador esteja a jogar consecutivamente para ter o melhor que este jogo pode oferecer, se estiverem dispostos a tal. Posso desde já afirmar que será recompensador e que com tempo investido, The Front acaba por ser mais interessante do que se possa imaginar.

Não sou propriamente o maior fã do género, já devido à sua exigência diária. Se forem jogadores que adoram Rust este é muito parecido e podem muito bem vir a adorar The Front. Inicialmente começamos numa praia deserta e temos de recolher recursos atrás de recursos para começar, lentamente, a criação de pequenas ferramentas que vão ter de ser usadas para melhorar tanto o equipamento, como objetos importantes para a sua sobrevivência neste mundo hostil, compartilhado com mais gente de todo o mundo.

O jogador também tem de passar o tempo a criar as ferramentas de combate, proteção e escolher um terreno para começar a construção da sua cabana, casa, ou até uma mansão como cheguei a ver. É óbvio que isso requer horas e mais horas de dedicação, pois tudo isso é possível, como uma fortaleza capaz de afastar os curiosos ou aqueles que querem saquear os objetos valiosos que nela estão. Isso vai tudo depender do jogador mas, claro, inicialmente as coisas são mais básicas. Levam mais tempo e sem ajuda, é mais difícil concluir certos objetivos e as construções de grandes dimensões requerem bons materiais e, para tal, é preciso também aumentar o nível do vosso jogador.

Ao aumentar de nível vão, com isso, desbloquear perks e evoluir para novas construções e métodos de trabalho, tal como ferramentas mais eficazes para os trabalhos mais árduos. É preciso igualmente ter em atenção à alimentação, a fadiga e, como diz o meu pai, beber muitos líquidos, pois o jogador pode sofrer com isso e, para tal, terá de caçar animais. Alguns são presas fáceis, mas enfrentar um javali sem um bom equipamento pode acabar por correr mal.

Se inicialmente vão ter de percorrer os trilhos a pé, no futuro podem vir a construir veículos e armas de fogo, o que vai facilitar a jornada, mas que levará imenso tempo. Portanto, as primeiras horas exigem muito tal como acontece com qualquer outro jogo do género, nada surge feito e o jogador vai ter de dar o seu máximo para subir de nível e estar ao nível de tantos outros jogadores, que surgem com grandes equipamentos e até casas que por fora são tão simples, mas exigiram dedicação e horas de jogo.

A narrativa não é propriamente a coisa mais importante num jogo destes, mas pode-se dizer que tem o seu interesse. O jogador é um guerreiro da resistência que foi enviado para o passado de forma a evitar o crescimento de um império e, como tal, irá começar do zero e tentar evitar que este cresça. No entanto durante as minhas horas de jogo não fui capaz de chegar a qualquer altura em que a narrativa tivesse desenvolvido, afinal de contas havia sempre tanto para se fazer que não cheguei a um ponto de criar uma fortaleza, nem ter uma equipa que estivesse comigo e auxiliasse na experiência em The Front.

No final, posso dizer que, para alguém que nem está muito ligado a este género de jogos, foi divertido e achei a experiência deveras interessante, pois normalmente um jogo em que exija tanto empenho e foco para conseguir tirar o melhor proveito não é fácil, requer imenso do jogador, ainda assim gostei bastante e creio que seja uma boa alternativa para quem esteja cansado de outros jogos e queira focar-se em algo do género.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Best Vision PR.

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