EA SPORTS FC™ 24

Acabou-se o nome FIFA e segue-se EA SPORTS FC 24, com isto será que há alguma coisa que muda? Bem, não, isto porque é a EA e o motor Frostbite em acção, portanto não esperem novidades a nível de mecânicas. Podem na mesma chamar de FIFA, mesmo que este tenha o nome alterado devido a toda a polémica que sucedeu. Se está bom? Sim, como diz o velho ditado em inglês “If it ain’t broken, don’t fix it”.

Eu sempre que jogo um FIFA (a partir de agora FC) sou uma exceção à regra da maioria dos jogadores, isto porque eu sou sócio do meu VSC e não falho um jogo no estádio porque a vida assim o permite e felizmente. Sou um adepto quase doente pelo meu clube e assim que comecei a primeira partida no jogo, foi mais do que óbvio a escolha do meu clube e de tudo em que estivesse envolvido, fosse qual fosse o modo, tudo é selecionado com base no meu clube e a única diferença foi quando testei a Liga dos Campeões com o Futebol Clube do Porto para jogar contra o Barcelona, que outrora foi a minha residência.

Acredito que grande parte dos jogadores não liga muito ao que é dito nas análises do jogo, claro que vão reparar certas diferenças ligeiras nos menus, alguns modos, mas o grafismo também é algo que não posso esboçar um elogio rasgado. Se jogadores famosos têm o seu rosto bem representado, outros jogadores parecem inventados mesmo com as fotografias reais apresentadas. É algo que requer muito trabalho porque é óbvio que a atenção ao detalhe está focada nesses grandes jogadores e, ao mesmo tempo, um jogo que não exige grande esforço em ser “recriado” ano após ano, podia focar-se um pouco mais nesses detalhes.

Jogar com uma seleção ou um clube de grande nível mundial faz diferença, e muita, não só o aspeto como também a qualidade de jogo, o que faz todo sentido. Não vou comparar um bom jogador do VSC como Nélson da Luz com um Lewandowski: o toque na bola é diferente, a velocidade e perícia não são comparáveis. No entanto creio que a EA pode agora dar mais atenção às equipas mais pequenas e começar a estudar melhor as ligas europeias que são, quer queiramos quer não, as mais importantes.


Isto não deixa de ser uma opinião minha e que acredito ser pertinente para um jogo que ano após anos pouco muda e, como tal, seria excelente ter mais detalhes para enriquecer mais a experiência. Até diria acrescentar os cânticos das claques, que nos clubes mais famosos já é possível ouvir, e seria agradável ouvir dos outros clubes existentes em cada liga para criar uma atmosfera mais arrepiante, tal como o fator casa, os estádios seria algo a ter em conta.

Assim sendo, passemos então ao que há porque aquilo que acredito que poderia fazer diferença para algo mais extraordinário, acabou de ser referido. Os modos são vários, até se pode sublinhar que são muito bons, especialmente para alguém que tem em conta e preferência de jogar com o seu clube mais pequeno e assim aventurar-se “no meio dos tubarões”. O Kick Off é o primeiro a ser testado, encontra-se em todos os jogos de futebol e pretende dar ao jogador uma experiência de jogo sem demoras. É selecionar equipas, entrar em campo, e jogar. Se não quiserem entrar em campo sem antes saber sequer como se joga, podem experimentar o Learn To Play, para conhecerem bem os comandos de jogo e estarem minimamente preparados para os confrontos.

E agora podemo-nos focar nos modos mais interessantes, começando por falar no modo Tournaments onde não fiquei totalmente satisfeito, isto porque neste modo encontramos praticamente todas as ligas existentes e as devidas Taças de cada nacionalidade. Ou seja, temos a nossa Liga Portugal com uma descrição do seu nascimento e um resumo da hegemonia dos 3 grandes em que infelizmente, apenas 2 equipas conseguiram conquistar a taça fora dos 3. Pior é o facto de existir também o Torneio da Taça de Portugal mas que nem uma foto existe, vá-se lá saber porque razão, uma taça belíssima e que o meu clube conquistou em 2013 contra o Benfica no qual estive presente.

O modo Player Career é decididamente um dos modos mais interessantes, isto porque coloca-nos na escolha de um jogador que queiramos de uma equipa que selecionarmos. No meu caso e por gostar muito de um jogador raçudo decidi escolher o Jota Silva, que joga no VSC, e comecei a carreira, que deixou-me bem impressionado com a quantidade de opções e evolução do meu jogador. Desde os treinos para aperfeiçoar os movimentos e remates, ao esforço em equipa que foi realizado durante os jogos a sério, acho um modo espetacular mas que se fixa apenas num jogador e, para muitos, pode ser um entrave.

Mais um que devo admitir estar impressionante é o Manager Career que, tal como o nome indica, gerimos a carreira de um treinador. Na altura tive de jogar com o Paulo Turra, neste momento ex-treinador do VSC que foi substituído por Álvaro Pacheco e, confesso, que na hora de escrever esta análise não sei se a atualização foi efetuada na consola, mas foi bom ver que na primeira vez que joguei até a cara do treinador estava parecida. E haviam outros treinadores à escolha, o Sérgio Conceição, José Mota, Paulo Sérgio, entre outros, a Liga Portuguesa está no bom caminho no que diz respeito em termos de apresentação, mesmo faltando apenas mais uns detalhes, diria que mais uns anos de FC e pode ser que tenhamos uma Liga Portuguesa extremamente fiel ao que assistimos nos relvados e aí a história será outra.

Ainda no modo Manager Career, gostei do facto de podermos selecionar as táticas desejadas e gerir a equipa em pleno. Para quem gosta e conhece a Liga acho um dos modos mais interessantes e completos, onde até os treinos de guarda-redes, a realização de olheiro para captar jogadores e efetuar as transferências é algo muito profissional e com muito valor.

O modo Volta Football confesso que ainda não tinha jogado e é um modo divertido de 5 VS 5 como se fosse futebol salão, mas com relvado. Não deixa de ser um modo engraçado para algo menos competitivo, embora a coroa vai para os modos online do típico e original futebol 11 para 11, que faz de FC 24 aquilo que FIFA foi antes e une os jogadores a este desporto que, honestamente, já teve melhores dias, mas que continua a gerar milhões e, verdade seja dita, nós como sócios dos clubes de coração não perdemos um jogo no estádio.

Um último modo a referir, o regresso do tão badalado Ultimate Team que desta vez conta com o futebol feminino a pisar os relvados e com a maior quantidade de atletas de alto nível. Com isto estarão a jogar numa equipa com jogadores masculinos e jogadores femininos na equipa, não deixa de ser bastante interessante e, no fundo, num modo como este queremos a melhor equipa do mundo, onde a ideia é juntar os melhores e formar o melhor possível para a competição.

Resta referir que apesar das novidades, FC 24 não deixa de ser um puro FIFA pois o ADN é exatamente o mesmo e o próprio grafismo e animações não são algo que possamos dar total importância. Pois nada é impressionante, apenas mais um título com novos futebolistas e pouco mais, no fundo, uma atualização do que se joga ano após ano mas, pelo menos, está atualizado de acordo com os jogos que fazemos e alterações no plantel da nossa equipa de eleição, e isso é algo de fascinante!


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series, gentilmente cedido pela PlayNxt

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