Cast of the Seven Godsends


Ghosts’n’Goblins é um dos maiores clássicos da NES, vindo diretamente das Arcades. Anos após anos, o nosso cavaleiro Arthur foi tendo as suas aventuras em várias consolas devido ao seu sucesso. Nos últimos anos, surgiu um jogo que se tratou de um tributo perfeito, um indie espanhol chamado Cursed Castilla. Agora é a vez de Cast of the Seven Godsends, totalmente inspirado nesta grande saga, mas será que se ficou apenas pela inspiração?

Cast of the Seven Godsends é, como já tinha referido, um jogo completamente inspirado no famoso Ghosts’n’Goblins. O estilo de plataforma misturado com ação e uma dificuldade elevadíssima estão presentes e isso é um facto. A história parece interessante, mas num jogo deste género é o que menos importa, pois o foco é obviamente na sua ação. Existem pequenas cut-scenes, alguns diálogos típicos de jogos dos anos 80/90 e a música vinda das “trevas” representado o bem na luta contra o mal. Ao contrário da princesa em apuros, temos o Rei em busca do seu filho raptado. A luta contra o mal conta com a ajuda de 7 Deuses que no passado tinham derrotado o todo poderoso inimigo, que traz de volta o caos por entre níveis que são o puro massacre. Sim, em termos de dificuldade, isto é doloroso.


Pois bem, o jogo não é nada fácil e pode irritar ou frustrar os menos pacientes. Como eu costumo dizer “se acham Dark Souls difícil experimentem um Ghosts’n’Goblins”, neste caso também posso recomendar Cast of the Seven Godsends, porque vivi momentos de puro desespero. O jogador é castigado severamente, embora durante a aventura exista um ou outro checkpoint que dará algum avanço, os continues existem mas são poucos e, assim que acabarem, regressa-se ao primeiro nível. Boa sorte em chegar ao fim de Cast of the Seven Godsends.

A banda sonora não é má, mas está longe de ser memorável, apenas cumprindo com o estilo de jogo sem impressionar. Quanto ao visual, não se trata de um jogo em estilo 8-bits, é parecido com os jogos flash, logo dá um ar amador e com sprites repetitivos. No entanto o design de algumas personagens, principalmente os bosses, estão acima do razoável.

O gameplay está bom, os comandos são responsivos e num jogo deste género é importante que o sejam. Além disso existe uma boa variedade de armas mas também é necessário referir que algumas parecem inúteis, isto porque se a personagem estiver de cócoras ou em pé e arma for um machado, dificilmente se atinge um inimigo raso, não havendo forma de o eliminar. Aconteceu-me mais que uma vez e não é propriamente agradável para progredir. Algo de diferente e bom é a possibilidade de invocar um dos deuses, no qual ficamos mais poderosos durante um determinado tempo e cada um dos deuses tem o seu poder. Já o ponto negativo é a obrigação de ter de pressionar o botão de disparar para invocar o deus, quando se tem uma data de botões que poderiam ter sido utilizados para que a invocação fosse realizada mais facilmente e sem demora.


Cast of the Seven Godsends podia realmente ser algo melhor, apesar de ter o seu charme dos 80/90, não tem o potencial dum Cursed Castilla que é do mesmo género e é esplendido. Um jogo que é apenas para os fãs acérrimos do género e querem um enorme desafio, mas de sublinhar que é de facto algo básico e que não agarra tão bem o jogador.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Merge Games.

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