Deep Space
Se há coisa que não tem faltado no mercado indie são os chamados rogue-likes. Jogos cujos níveis são gerados dinamicamente e onde contamos com uma elevada dificuldade, onde o preço da morte é começar tudo de novo outra vez. O problema em não faltarem jogos assim é que, depois, para um jogo se destacar tem de ser mesmo bom. Mas será que este Deep Space é um deles?
O jogo tem um único objetivo em mente, passar dezenas de zonas abarrotadas de monstros em corredores estreitos cheios de armadilhas, levando o nosso protagonista sem nome até ao fim deste percurso linear em side scrolling com o seu grafismo retro de 8 bits. Sim, Deep Space é um jogo que se foca apenas na competição entre amigos/colegas para ver quem consegue chegar à zona mais distante possível, o problema é que nem tabela de classificação online tem. Quanto mais se avança, mais inimigos e armadilhas aparecem para exterminar o homem do espaço.
Apesar de ser um jogo para correr em frente, matar e ultrapassar o máximo de zonas possível, existe um pequeno sistema de upgrade de saúde, armas e dois outros itens. Com as moedas que se vão colecionando ao longo das zonas repetitivas de Deep Space, compram-se os upgrades da arma principal, armas novas para usar e também duas bolhas, uma de proteção ao jogador e outra de velocidade. Se o objetivo é ir em frente e tentar ultrapassar o máximo de zonas que se conseguir, o melhor é mesmo ter o upgrade destas duas bolhas. Mas atenção, todos estes upgrades têm um limite. Mesmo com os upgrades os jogadores vão sentir a dificuldade e o aborrecimento deste jogo. Não se pode interpretar mal, uma coisa é ser um jogo difícil, outra é ser um completo tédio pois Deep Space não passa de uma repetição da mesma coisa vezes sem conta.
Saltar e disparar, morrer e começar da Zona 1 novamente. Deep Space é isto, não tem história, não tem conteúdo e o objetivo é apenas seguir em frente até a uma certa zona, nada mais há para fazer. É simplesmente entediante e tive dificuldade em perceber quem terá interesse em jogar um jogo assim quando no mercado temos tantas alternativas mesmo até dentro deste género. Podia apenas ter pouco conteúdo, ou pouca variedade, mas pelo menos teria de ser divertido.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Xbox One, gentilmente cedido pela BUG-Studio.