Os Indie Lusitanos na Comic Con
Foram oito os estúdios indie a marcar presença na última edição portuense da Comic Con portuguesa. Cada um deles com a sua proposta para o novo grande hit nacional. Vejamos agora, um pouco mais de perto, quais foram essas propostas.
Os famosos Nerd Monkeys brindaram-nos com a sequela de um dos melhores jogos portugueses dos últimos anos. Com lançamento previsto para o próximo ano, Inspector Zé e Robot Palhaço em o Assassino do Intercidades, traz-nos inúmeras mudanças no que ao gameplay do seu antecessor dizia respeito. Embora mantendo-se fiel ao estilo de adventure game, o Assassino do Intercidades, introduz diversos puzzles e mini-jogos, prometendo dar ao jogador toda uma nova experiência. Para além disso, o jogo da Nerd Monkeys, que se encontra dividido em quatro actos, tem três sidequests, cuja dificuldade varia, e inúmeros colectibles, o que lhe dá uma longevidade enorme. Com música orquestrada, visuais muito próprios e melhorias consideráveis nos diálogos em inglês, o Assassino do Intercidades promete muito.
A One Pun Games trouxe-nos uma demo bastante promissora de um título ainda em desenvolvimento. Ako: Journey to the Spirit Realm, da autoria de Christian Rigstad e Artur Rosário, tirou inspiração dos mitos e da estética japonesa para nos trazer as aventuras de uma personagem, Ako, que se encontra presa no mundo dos espíritos. Neste mundo aberto, repleto de puzzles para resolver, a forma de combater os inimigos promete ser tudo menos convencional, uma vez que para os bater devemos fazer uso do ambiente e da nossa astúcia, em vez de simplesmente usarmos a força bruta. De salientar que em Ako será dada grande importância às nossas acções, que afectarão negativamente ou positivamente a relação do jogador com os NPC's que o rodeiam. Com uma música melodiosa criada de raiz para o jogo, belos cenários (como as colunas de livros), e uma duração que se pretende curta, Ako que nasceu de uma ideia concebida na Faculdade promete e muito.
Gostam de jogos como Arkanoid e Tetris? Estão desejosos por um novo desafio no que a jogos de telemóvel diz respeito? Então Blow Up Pieces, da PrimeMakers é o jogo indicado para vocês. Aqui assumimos o controlo de Mike, uma galinha que é a mascote do estúdio. Esta procura evitar o amontuar das peças no ecrã e faz-lo com o recurso a inúmeras bolas que lança contra as peças, destruindo-as. Contudo, de quinze em quinze níveis a dificuldade irá aumentar, com a injecção de maior velocidade e peças bem mais resistentes (que aguentam até três hits). Mike é dotado de uma habilidade especial, o Magnet, assim como de animações muito próprias. Um jogo rápido, Blown Up Pieces poderá ainda ter ainda outros modos de jogo, para além da sua experiência single-player. É esperar e ver.
Também da Atom3 Studios temos Ellie Moon. Um título curioso no qual a personagem principal (que dá nome ao mesmo) pretende ir à Lua para encontrar os pais. Os grandes adversários de Ellie são os Shadows, criaturas quer procuram transformar todos os outros seres vivos em sombras. Ellie que foi atacada por um destes monstros apenas sobreviveu porque estava na posse de um pedaço da Lua, que tornou o seu cabelo brilhante, mas deixou-a dependente da absorção constante de energia para sobreviver. Um jogo com muito trabalho pela frente, Ellie Moon apresenta ideias visualmente muito interessantes, como é o caso da barra de energia corresponder à intensidade do brilho capilar de Moon. A seguir.
A Once a Bird por sua vez trouxe-nos Outsider, um jogo de puzzles com gráficos vectoriais e uma forte componente artística. A personagem principal, um robot chamado Hud-Ini (como o famoso mágico escapista), depois de ser activada por nós, apercebe-se que a humanidade está à muito extinta e o universo está também ele perto de atingir o seu final. Hud-Ini procura então escapar a este mesmo destino. Um jogo inteligente que mais parece um filme de animação dada a sua beleza, Outsider será lançado para a Steam e X-Box One.
A Time4Start trouxe a sua série mais popular, Zookky, um jogo touch cujo principal objectivo passa por tocar nos quadrados e apanhar todas as peças. Acessível para ser jogado por qualquer faixa etária e totalmente gratuito.
Finalmente, e ainda numa fase muito inicial temos VRock, um simulador virtual que busca trazer-nos com a maior autenticidade possível a experiência de tocar numa banda, seja como baterista, vocalista ou guitarrista. Atualmente um produto da Adamastor Studios, VRock foi iniciado pelo agora extinto GameStudio78 e venceu a edição anterior dos prémios PlayStation.