Max: The Curse of Brotherhood


Pode não parecer, mas este Max: The Curse of Brotherhood é uma sequela de Max & The Magic Marker, um jogo de plataformas curioso que tirava o partido da Wii para desenhar no ecrã e resolver alguns puzzles. O segundo jogo do Max levou com uma grande transformação no estilo artístico para um grafismo mais realista e detalhado, sendo originalmente lançado em 2013 para a Xbox One. Depois de ter sido adaptado para a PlayStation 4, o jogo chega agora à Nintendo Switch onde parece ter encontrado a plataforma ideal, no formato portátil.

Embora tenha concebido o jogo com a Xbox One em mente, a Press Play não quis abdicar da ferramenta de eleição do Max, o seu marcador mágico cor de laranja. Aqui, premimos um botão para ativar o marcador e depois podemos controlá-lo com o analógico para interagir com certos elementos do mundo. O mesmo acontece quando jogamos na Nintendo Switch, a menos que a tenhamos em modo portátil para utilizar o touchscreen. Controlar o jogo com os botões e tocar no ecrã sempre que queremos manipular o mundo é simplesmente a única maneira boa de jogar The Curse of Brotherhood. Por esse motivo, a experiência de jogar na TV é consideravelmente inferior.


A história é bastante simples. Um dia Max chega a casa e irrita-se com o irmão, lançando-lhe uma maldição. Imediatamente a seguir arrepende-se quando vê o maninho a ser levado por um vórtice e segue-o para o salvar das garras do vilão Mustacho. Este é um jogo de plataformas bastante linear que alterna entre sequências de puzzles, exploração e perseguições. Não apresenta nada de muito inovador, mas é um jogo bem executado, que poderia ganhar com uma jogabilidade mais precisa: os saltos são um pouco "floaty" pelo que nem sempre é fácil de calcular onde o personagem vai aterrar. É uma questão de hábito. Também não é um jogo muito extenso, podendo acabar-se em cerca de 6 horas de jogabilidade.

Os gráficos são bastante bons e os cenários bonitos, ficando mais interessantes após se passar a primeira fase que corresponde a um deserto. Em geral a adaptação para a Switch foi bem conseguida no modo portátil, mas quando jogamos na TV notamos algumas quebras na fluidez sem razão aparente. Mais um motivo para o jogar fora da dock. O jogo foi buscar alguma inspiração a filmes como os Goonies e Indiana Jones, mas em termos visuais recordou-me do clássico Heart of Darkness para a PSX.


Sendo um jogo de plataformas interessante com um conceito perfeitamente adequado à Nintendo Switch, The Curse of Brotherhood é uma recomendação fácil aos apreciadores do género pelo preço reduzido que pedem por ele.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Stage Clear Studios.

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