Excave III: Tower of Destiny


Excave III: Tower of Destiny é um nome demasiado comprido para um mau jogo. Agora que já o disse, vamos ao que interessa.

Excave III é o típico dungeon crawler japonês cujo único propósito é fazer perder tempo e estragar o botão A da consola. Lançado recentemente na eShop pela Bergsala Lightweight, conta já com duas prequelas, o que quer dizer que se calhar tem vendido. Nada mau para um jogo sem história e com uma personagem feminina que se apresenta no menu principal a abanar as mamas (o termo científico é mamas, não seios, mas não é isso que interessa). Talvez seja por isso...

O único vestígio de narrativa, que surge ao começar um jogo novo, é através de umas quantas frases tétricas sobre uma torre misteriosa. Com a hipótese de fazer fast forward, finalmente começamos. Ao contrário dos anteriores, não optamos por várias personagens, mas controlamos Scarlett, uma heroína que perdeu as roupas algures, através de masmorras sem imaginação, por portais, até escaparmos. Tudo isto enquanto desbastamos ondas de inimigos, alguns que parecem bolhas de sabão ou cabeças de vaca - tanta era a inspiração!

Quando começamos um mapa novo, começamos sem nada, mas temos alguns tesouros para abrir e um deles terá uma arma aleatória, acessórios ou itens de recuperação. Arrastamos o ícone da arma para o Equipamento e estamos pontos para martelar o botão de ataque.

O inventário é O caos, com o loot dos inimigos a ir aleatoriamente para o bolso, no ecrã inferior, sem qualquer organização (boas memórias do Resident Evil 4). Ou esperamos por uma pausa para organizar tudo ou arriscamos durante o combate. Arrastar os itens para os equipar é uma tarefa patética e, a menos que tenhamos o stylus à mão, temos de ir com os dedinhos. Se não der à primeira, tentamos de novo porque vamos falhar várias vezes e vamos ser atacados no processo. Utilizar itens é agora mais fácil, com um botão directo (Y) para os consumir. Agora esmagamos o A, enquanto martelamos o Y para sobreviver até à próxima onda. Divertido!

Nem tudo é mau, gostei da atenção a alguns detalhes nas armas. Quando achamos uma arma nova e a equipamos, esta é actualizada na personagem, que não anda sempre com a mesma arma genérica. Agradeço este tipo de personalização! E falando em armas, há variedade de escolha, desde espadas longas, a katanas, a facas duplas, a arcos, oh my. Não há uma melhor, é mais uma questão de gosto pessoal – se vamos matar indiscriminadamente, que seja com estilo. Juntamos os acessórios de magia (botão B) e temos efeitos devastadores que nos podem salvar naquele último momento de desespero. Agora atenção que tanto as armas como a a magia tem usos limitados.

Não há checkpoints nem podemos gravar o jogo durante uma masmorra. Uma má decisão, um golpe em vão, um item fora do sítio ou se o jogo for estúpido, levará ao ao ecrã de Game Over. Se virem este ecrã, tenham pena das vossas consolas e não as atirem contra a parede, mas tenho de vos dizer que terão de começar tudo do início. Pois.

E é isto, depois de limparmos um mapa, com pouca variedade de missões, e abrirmos caminho pelos portais, chegamos ao boss da masmorra. Quando, e se escaparmos, somos recebidos pela menina em poses convidativas – ou estranhas – ou cringe worthy. Surge o menu de estatísticas onde a pontuação é calculada conforme o nosso desempenho na masmorra, os itens apanhados são convertidos em pontos que, somados, darão uma classificação final – não consegui melhor que B. Tenho de esmurrar mais o botão A para ter A! Passo a piada… Preciso de me rir.


Excave III: Tower of Destiny é um jogo Medíocre, mas se gostarem de dungeon crawlers orientais e de alguma competição, experimentem. De resto, não o consigo recomendar, mas acho piada ao modo de funcionar da Bergsala que passa por atirar jogos sem qualidade ao tecto e ver qual cola. Talvez o Excave V seja melhor.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo 3DS, gentilmente cedido pela Nintendo

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