The Universim

Após anos de desenvolvimento e uma Campanha de Kickstarter bem conseguida, The Universim vê a versão 1.0 do seu título lançada.


The Universim é um jogo de gestão planetária onde os jogadores assumem o papel de um deus, ou não fosse este um título do género God Game. O objetivo é orientar uma civilização de pequenos Nuggets até à sua maturidade. Entre evoluções, eventos climáticos e até discórdias entre habitantes, os jogadores têm a palavra final no desenvolvimento da sua população ao longo de décadas e eras subsequentes.

Tudo começa no momento da criação do Universo, sem luz ou qualquer tipo de vida, apenas a voz envolvente do peculiar narrador que irá acompanhar o desenrolar de toda a narrativa. E num momento épico, fez-se luz e o Universo expande-se à frente do jogador! O desenvolvimento das populações é feito com o intuito de alcançar um nível cientifico que permita viagens espaciais, na procura de novos planetas para serem explorados e posteriormente habitados. Estes planetas podem variar de tamanho, tipo de recursos e a presença de vida selvagem hostil.


Voltando ao início de tudo, é crucial escolher o ponto central da cidade, o epicentro a partir do qual tudo se construirá. Uma posição favorável ao desenvolvimento é essencial, já que os Nuggets constroem as suas habitações sem uma direção específica. Cabe aos jogadores, em casos de edifícios específicos, colocá-los perto das habitações para que sejam abrangidos pelas atividades internas, como o fornecimento de água ou comida, ou, por exemplo hospitais para devolver as forças aos mais adoentados.

Assim como em outros jogos deste género, há uma necessidade crescente de desenvolvimento populacional, tanto em termos de números quanto em conhecimento e ciência. É importante prestar atenção a tudo para manter a população feliz e encaminhada para a sua prosperidade. É certo, que no momento inicial tudo parece bastante avassalador e demorará o seu tempo para memorizar os menus e atividades.


A história é bastante simples, mas pode evoluir para um ponto até mesmo pessoal, dependendo do nível de envolvimento que o jogador deseja ter com a sua população. É mais fácil criar empatia com os Nuggets quando a população é pequena, mas mesmo com o seu crescimento, é divertido observar as suas interações seguir cada passo de um individuo em específico.

A população também pode ser moldada em torna da integração com o chat da Twitch, que permite a cada visualizador entrar em jogo com o seu pequeno Nugget e seguir a sua vida, com a possibilidade de dar ordens ao seu pequeno recruta. No meio de uma panóplia interessante de habilidades dadas ao chat, é interessante perceber que este também se transforma numa espécie de Deus, ainda que com menos regalias que o próprio jogador. Será assim possível controlar as alterações climatéricas, introduzir eventos catastróficos como, por exemplo tornados, que podem mesmo levar à destruição total de uma pequena aldeia, ou se se sentirem mais simpáticos, oferecer recursos para o desenvolvimento mais rápido da civilização. Sem dúvida adiciona uma dimensão e envolvência interessante ao jogo. 


Há medida que a população evolui e aumenta, as missões serão focadas em aspetos populacionais, como manter os níveis de satisfação elevados para impedir constrangimentos como revoltas contra o representante máximo, ou garantir que o nível de adoração a um deus se mantém equilibrado. Embora sejam missões secundárias e completamente descartáveis, são atividades divertidas que mantém o jogador envolvido no bem-estar da sua criação.

Esta evolução está ligada à necessidade de inclusão de novos recursos e habilidades específicas de cada era. Começando na era da pedra e avançando para a era medieval e por aí adiante, o jogador utiliza pontos de experiência para desbloquear novas habilidades através de uma árvore de habilidades. Estas atividades não necessitam da inclusão dos habitantes para a sua conclusão, já que é apenas necessário aguardar-se para que a atividade chegue ao seu fim.

A presença do narrador adiciona uma camada de humor. Desde pequenas opiniões à tomada de decisão, até mesmo ao momento de reprodução dos pequenos Nuggets, já que se o jogador olhar para a habitação onde a ação está a decorrer é prontamente advertido pela voz. Segue a mesma vibe de títulos como, por exemplo "The Stanley Parable" ou "Portal".

The Universim é um god game que mistura humor e muita estratégia ao género. O seu aspeto gráfico transborda diversão e mistura-se na perfeição a todo o ar cómico que o narrador traduzirá nas suas linhas de texto. A progressão entre eras é bastante natural e intuitiva, sem momentos excessivos de espera entre elas.



Nota: Análise efetuada com base em código final para PC, gentilmente cedido pela Keymailer / Crytivo.


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