Persona 5 Tactica



Os Phantom Thieves voltam ao nosso ecrã num estilo diferente mas com todo o coração que nos fez apaixonar por eles no original.

Persona 5 Tactica (P5T) começa a sua história após os eventos finais de Persona 5 e antes dos eventos de Persona 5 Royal (o DLC dá-nos uma aventura personagens mais importantes de Royal). Enquanto os nossos ladrões se preparam para as férias são subitamente transportados para um novo mundo, onde se vêm com os seus poderes alterados e frente a frente a uma vilã que promete oprimir tudo e todos para conseguir o seu casamento de sonho.



A premissa parece indicar que estamos apenas perante mais uns Palácios e os malfeitores cujo coração deturpado lhes dá origem. No entanto, a história de Tactica é menos sobre alterar os vilões ou o crescimento do grupo de ladrões, mas mais sobre os dois personagens novos do jogo e sobre a opressão sistémica ao povo. A revolução é a palavra do dia, a importância maior na liberdade de todos e menos nos casos mais pessoais que o original trata. É portanto mais leve do que as histórias do original pelo impacto mais largo e menos fundo, não deixando de contar uma história interessante e importante.



Ao mudarmos de mundo e poderes, o sistema de combate e de jogo no geral modifica-se: estamos perante um jogo táctico por turnos, simples, fluido e intuitivo. Algumas mecânicas partilham o nome e parte da execução com o original, sendo que os elementos são agora importantes não por fraquezas mas pelos efeitos associados, estando o foco maior no posicionamento adequando dos personagens e dos ataques. As Personas são uma parte importante de tudo isto, podendo através delas obter novas habilidades passivas ou activas complementares ao personagem. Neste novo mundo, todos os personagens podem ter uma 2a persona, abrindo o leque de estratégias para podermos incluir os nossos favoritos mais vezes.



Para além das Personas cada um dos personagens tem a sua própria página de habilidades e podem equipar armas diferentes, sendo a escolha entre mais alcance ou mais dano geralmente. Os pontos para crescer na página de habilidades vêm tanto da subida de nível (que se aplica à equipa como um todo, libertando o uso dos personagens conforme as necessidades) e também de diálogos extra que podemos ver entre missões. Entre missões podemos também fazer demandas opcionais, que nos dão um pouco mais de história acessória, mas mais importante permitem passar mais tempo com todas as idiossincrasias dos personagens que já conhecemos e adoramos (ou para os que ainda não conhecem conhecerem).



A qualidade da escrita continua impecável e as personalidades fortes e diferentes de cada um dos ladrões continuam patentes. As vozes continuam as mesmas, num voice acting impecável, e a música continua nas mesmas linhas do original mas com um toque mais sintético. O art style é diferente mas as cutscenes e animações estão muito bem conseguidas e perfeitamente enquadradas no estilo "chibi".
No geral a manutenção do que fez Persona 5 um sucesso é mantido, sem grande inovação apesar da mudança de estilo.

Mais uma aventura no mundo de Persona 5, com muitas Personas, muito carácter e um estilo visual diferente.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 5, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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