Jujutsu Kaisen: Cursed Clash


Um dos animes mais badalados dos últimos tempos, especialmente devido à sua segunda temporada, Jujutsu Kaisen é sem sombra de dúvida uma das séries mais explosivas dos últimos tempos, não que tenha adorado a primeira temporada mas, o filme e esta segunda temporada, foram completamente incríveis e na minha opinião, tornaram-me um enorme fã de Jujutsu Kaisen. Agora que chegou o jogo a todas as plataformas, será que foi assim tão impressionante? Fiquem já a saber.

Já vou começar por dizer que, infelizmente, Jujutsu Kaisen: Cursed Clash deixa tanto a desejar que já houve uma grande quantidade de refunds por parte dos jogadores e não é para menos. Embora seja possível jogar minimamente, esta primeira estreia no mundo dos videojogos não correu da melhor forma, depois de jogar uma boa carrada de videojogos relacionados com animes nos últimos tempos. Exemplos como Demon Slayer, Naruto Ultimate Ninja Storm ou o brilhante Dragon Ball FighterZ, Jujutsu Kaisen deixa tanto a desejar que os fãs vão rapidamente perceber que as coisas não estão como sonhávamos.

A começar com o menu, embora esteja por trás a passar imagens do primeiro e brilhante opening de Jujutsu Kaisen, não deixa de ter um aspeto medíocre no que diz respeito à forma como as opções estão apresentadas. Parece um jogo da era dos 128 bits, no entanto isso não é o mais importante pois o que queremos é jogar e isso sim é que tem de estar em condições. Se a apresentação não está engraçada, assim que começamos a jogar o tutorial qualquer fã irá entender que não houve grande esforço no que diz respeito à jogabilidade.


Estamos perante um jogo que nos é vendido como algo acima de um jogo para smartphone e, no final de contas, parece um jogo feito para Android. O grafismo das personagens é bom isso não há dúvidas, com o cell shading também não é propriamente difícil algo ficar com mau aspeto ou pelo menos essa é a regra geral. No entanto os cenários, embora inspirados em locais da série e do filme, estão lá mas sem brilho, não há um entusiasmo para jogar no Stage X ou Y, mesmo com o pormenor de grande parte dos edifícios serem destrutivos, parecem vazios.

É um arena fighter tal como o Ultimate Ninja Storm mas nota-se que a qualidade fica a léguas, assim sendo, sempre que o jogador acaba por sofrer dano e cair, o tempo de recuperação é lento e sublinha-se de uma lentidão que deixará o jogador aborrecido de jogar. Além da recuperação, por vezes podemos estar a levar uma tareia sem noção e até vice versa, premindo apenas os mesmos botões de golpe, o que faz com que o jogador nem arrisque a usar certos ataques especiais porque com a perda de tempo na execução, nem vale a pena.

Já os ataques especiais, são bonitos de assistir, há também um ataque especial realizado com o vosso par, o jogo permite o 2 VS 2 e há um Dual Attack que dá sempre uma cut-scene espetacular especialmente com personagens que têm uma ligação entre elas durante a série, que acaba por recriar momentos icónicos da série, estou a olhar para a dupla Itadori e Nobara.


O modo história é longo e na verdade começa interessante, com o tempo começa a ser um tédio, isto porque conta com várias cut-scenes que servem para contar a história por imagens estáticas e entre essas imagens, conta com certas batalhas que fazem parte da série em si mas outras são apenas paralelas. O modo serve para seguir a história de uma forma menos divertida. Um outro aspeto que desilude tudo e todos é a ausência da segunda temporada, podemos facilmente dizer que a segunda temporada tem as batalhas mais incríveis entre os heróis e vilões da série e é a que seria mais interessante de recriar, no entanto falharam e apenas vão poder jogar a primeira temporada e o filme, fica um gosto extremamente amargo quando finalizam o jogo, depois de já ter terminado a segunda temporada sabendo que esta poderia estar presente com mais personagens como o pai do Fushiguro, entre outras.

Mas uma boa parte das personagens estão incluídas, desde o Itadori e o Gojo-sensei como também o Yuta e a Rika, até podem personalizar as suas roupas com créditos do jogo para dar outro look às personagens. A música não é a original do anime mas isso são questões de autor e podemos perdoar, embora no Demon Slayer exista o remix das músicas da série ou o próprio Dragon Ball Kakarot por exemplo, algo que podiam tentar fazer aqui.

Para falar nos modos de jogo, há um modo online que funciona corretamente e vão ganhar desbloqueáveis com as batalhas realizadas. O Free Battle é outra desilusão, não vos permite sequer jogar contra alguém que esteja em casa convosco, apenas serve como modo treino, o que é extremamente mau.


A banda Sonora é um dos melhores aspetos do jogo, é algo que vai acabar por ficar na cabeça dos jogadores, mas para tal, posso ouvir em qualquer lugar sem ter que jogar porque o gameplay é realmente chato, coisa que devia de ser trabalhada e não foi.


Jujutsu Kaisen : Cursed Clash é chato, um aborrecimento e a experiência é negativa, é um jogo completamente dedicado aos fãs acérrimos que desejavam há uns anos por um jogo deste belíssimo anime e ter uma justificação para jogar com Gojo Satoru e terminar o modo história que só por si está “incompleto”, uma pena.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series, gentilmente cedido pela Playnxt.

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