Lone Survivor: Director's Cut

O género survival horror é algo que as consolas Nintendo não costumam receber, e embora a série Project Zero esteja a ter alguns lançamentos, é um género em falta. Mesmo com jogos como Resident Evil Revelations, Silent Hill: Shattered Memories, Dementium ou de um certo modo Fragile Dreams, os fãs do género continuam a pedir ou querer mais.

Lone Survivor enquadra-se perfeitamente neste género, embora o seu estilo estético pixelizado, que nos recorda dos jogos de Super Nintendo ou Mega Drive, ou ainda de muitos jogos feitos na década passada através de programas como o (ainda reconhecido) RPG Maker. Este é um título lançado para outros formatos ano passado, mas esta nova edição "Director's Cut" adiciona novos locais a visitar, mais objetos e ainda dois finais completamente novos.

Aqui o objetivo fundamental é sobreviver, enquanto exploramos um mundo bizarro onde a lógica é muitas vezes pouco ou nada presente. Tudo o que sabemos é que uma doença devastou o mundo, e todos os acontecimentos são comentados pelo personagem principal, cujo nome é desconhecido e sempre refeirdo como "You", ou seja, nós mesmos. O modo como lidamos com este mundo que parece saído de um pesadelo é vital para a progressão do jogo, e irá afetar a nossa prestação ou até mesmo o final do jogo.


No decorrer da aventura há vários pontos que temos de ter em atenção. Sobreviver não é apenas evitar ou eliminar os estranhos monstros que aparecem, mas também alimentarmo-nos ou cuidar da nossa sanidade mental, algo que durante o jogo é colocada em causa, pois recebemos cartas ou notas de nós próprios, por exemplo. Há vários objetos a encontrar durante o jogo que nos ajudam a sobreviver, e vários outros objetos que nos parecem inúteis, mas novamente, importantes para o desenrolar da nossa aventura.

É um jogo de curta duração, embora para ficarmos a conhecer o desenrolar da história necessitamos de o completar mais de uma vez. As decisões tomadas alteram significativamente o jogo, sendo que é possível ter várias aventuras diferentes e que nos dão a conhecer um pouco mais deste bizarro universo. Há uma clara influência de Silent Hill neste jogo, o que por si ajudou bastante a puxar o interesse por este jogo.


Como o nome do jogo indica, a sobrevivência é o elemento principal a explorar neste jogo, que embora tenha um estilo retro consegue criar um bom ambiente e aproxima-se bastante dos ambientes assustadores normalmente encontrados em survival horrors. Um título que nos faz questionar a sanidade do personagem ou a lógica do mundo ali presente, e que nos deixa regularmente a questionar, afinal, o que está a acontecer.

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