Kung Fu Rabbit


Temos assistido a algumas adaptações de jogos lançados inicialmente para plataformas móveis a serem lançadas para as plataformas Nintendo, e a terem algum sucesso reconhecido como Gunman Clive na 3DS. Kung Fu Rabbit é mais uma destas adaptações, um jogo de plataformas que tira partido de controlos físicos, ideais para movimentos precisos quando a morte é uma constante.

O que se destaca de imediato é um estilo artístico bastante simples, colorido, que facilmente atrai o jogador pela sua estética. Como o nome indica Rabbit é um coelho, e o seu desenho é um simples quadrado com membros curtos e pernas, o que se insere perfeitamente nos cenários juntamente coms os inimigos e outros personagens. O jogo tem ainda introduções em banda desenhada, sem texto, que facilmente explicam a história.

O objetivo é levar Rabbit ao fim do nível e resgatar um pequeno coelho que foi sequestrado, e pelo caminho temos 4 cenouras distribuídas pelos cenários sendo uma delas dourada e mais difícil de obter na maioria das vezes. Os níveis conseguem apresentar desafios bastante variados, mas os cenários são muito vezes repetidos, tal como a banda sonora, que por vezes consegue ser muito irritante, com músicas curtas e pouco interessantes.

A jogabilidade é bastante simples, focando-se apenas no movimento tradicional de plataformas e saltar, não só entre plataformas mas também saltando pelas paredes, como um bom ninja. Ao saltar os movimentos são soltos demais, podendo controlar o nosso personagem em pleno ar, o que por vezes nos mata se não tivermos cuidado. As armadilhas são muitas, os inimigos pregam partidas, e qualquer erro acaba em morte imediata e recomeçar, algo que tem tanto de desafio como frustração à medida que o jogo se torna mais difícil.

Matar inimigos é um pouco estranho, pois basta tocar numa zona azul que têm, na maior parte das vezes nas costas on na cabeça, mas por vezes é difícil ver pois é pouco destacada. O processo é automático, basta tocar nessa zona que o personagem faz um ataque sem ser preciso premir um botão, algo que é estranho no início, mas nos níveis mais difíceis acabamos por agradecer, pois já temos de nos preocupar com inúmeras armadilhas e ataques projéteis que vêm na nossa direção.

A adaptação para a Wii U, embora tenha tido cuidado a exportar bem os gráficos, não tira partido do GamePad. Embora possamos jogar apenas no GamePad, pois o jogo está sempre a correr ao mesmo tempo nos dois ecrãs, não existe a possibilidade de ter informação a decorrer no ecrã do GamePad enquanto jogamos, como podemos observar noutros títulos de eShop também disponíveis. Para quem preferir pode ainda jogar com outros controlos, como o Wii Remote, Classic Controller e Wii U Pro Controller.

O jogo consegue tornar-se um verdadeiro desafio, e podemos ainda desbloquear o modo Hardcore, que é uma repetição dos níveis já presentes mas com armadilhas e plataformas extra, juntamente com muitos mais inimigos para derrotar ou desviar (visto que alguns não são mortos). Para tal basta dar uso às cenouras que vamos apanhando pelos níveis, que também servem para comprar objetos que nos facilitam o jogo, ou até roupas para Rabbit.


Para quem procura um bom desafio tem aqui uma boa escolha, com um preço algo reduzido. Existem diversos níveis por explorar, que embora curtos no vão fazer repetir várias vezes pois as armadilhas são muitas, e as mortes constantes. Além disso temos o desafio extra de encontrar as cenouras todas, para completar o jogo a 100%. Uma pequena nota relativa à localização, que embora esteja em português (do brasil) muitas vezes tem texto em espanhol misturado com o traduzido, ou até mesmo dicas que ficaram por taduzir.

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