Witch and Hero
Já todos vimos filmes que eram piores do que o próprio trailer. Às vezes, o mesmo acontece com os videojogos. Não é dizer já que Witch and Hero é um jogo mau, apenas que tinha um trailer muito mais interessante do que tudo o que o jogo tem para oferecer. Eis o trailer:
Quem imaginou um jogo divertido de aventura, inspirado nos jogos de 8-bit dos tempos da NES, com alguns elementos de RPG, pode ter ficado com a ideia errada. Em Witch and Hero, controlamos um herói que perdeu a batalha contra a terrível Medusa e voltou ao nível 1. A bruxa que o acompanhava ficou transformada em pedra, e só derrotando a Medusa é possível curá-la da maldição. O jogo consiste numa série de cenários que representam o avanço do herói e da bruxa-estátua no mapa até chegar ao boss final. Em cada um desses cenários, com a bruxa colocada ao centro, compete ao herói protegê-la dos ataques de vários monstros que vão surgindo.
A jogabilidade é extremamente básica, controlando-se apenas o herói com o botão analógico. Ao tocar num inimigo, ele ataca automaticamente e recebe também algum dano. Os monstros mortos libertam pontos de experiência para subir de nível, dinheiro para melhorar os equipamentos e gotas de sangue que devem ser levadas à bruxa. Enchendo a barra de sangue da bruxa, esta liberta-se temporariamente da maldição e ataca com magias de fogo ou vento, ajudando a limpar o ecrã de tantos monstros. Passando um nível, vai-se para outro mais difícil, com um grau de dificuldade que sobe consideravelmente e obriga a repetir níveis para ter mais experiência e dinheiro para equipar o herói.
Apesar de ser bastante básico, o jogo tem os seus charmes. O estilo gráfico é um ponto a favor num jogo que, de outra forma, seria completamente desprezado: os monstros e personagens são engraçados e fazem lembrar Dragon Quest. As músicas retro também são boas, embora algo repetitivas. Um toque especial do jogo é a existência de muito pouco texto, mas com uma elevada percentagem de "Engrish". Fica-se na dúvida se tudo isto foi propositado para ter piada, ou apenas coincidência. Ainda assim, é inegável que o jogo consegue ser viciante a partir do momento em que se começa a jogar. É o equivalente nos videojogos a comer um snack a meio da tarde e, no que diz respeito a snacks, não está nada mau!