3D Classics: Kirby's Adventure


Face a uma fraca biblioteca de jogos da gama 3D Classics, mesmo após meses depois do lançamento da eShop, surgiu como de surpresa um clássico jogo de plataformas da NES. Facilmente reconhecível, Kirby surge num "novo" formato para a 3DS, que embora não seja tão inovador como Excitebike, acaba por se mostrar bastante interessante e tirar bom partido do efeito 3D da consola.


Este jogo é a segunda aventura de Kirby, depois do lançamento para Game Boy de Kirby's Dream Land. Tudo começa quando os habitantes de Dreamland não conseguem sonhar, pois o maldoso Rei Dedede partiu a Star Rod em pedaços e distribuiu-os entre os seus aliados. Coube a Kirby lançar-se nesta aventura e defrontar áreas diversas num simples, mas viciante jogo de plataformas. Desta vez Kirby, para além de engolir e disparar inimigos como no primeiro jogo, adquire a habilidade que o tornou famoso: copiar poderes após absorver os seus inimigos, usando ataques como disparar raios, cuspir fogo ou até mesmo empenhar uma espada, entre diversos outros ataques.


Quando foi lançado em 1993, já com a existência da Super Nintendo, este jogo conseguiu demonstrar que ainda era possível criar jogos graficamente impressionantes e viciantes mesmo na já antiga NES. A banda sonora é igualmente memorável, um género 8-bit normal da época, embora mais frenético em comparação com inúmeros jogos da mesma consola, e que ainda hoje é apreciado. Tudo no jogo é feliz e bem disposto, os inimigos não são uma ameaça, sendo até mesmo engraçados, que nos fazem questionar se serão realmente tão maus como um tradicional jogo de plataformas o costuma apontar.


Neste re-lançamento, a jogabilidade mantém-se inalterada, mas os visuais sofrem uma ligeira mas eficaz adaptação, mesmo sem tirar partido do ecrã mais horizontal da 3DS (devido a questões de desenho dos níveis). Embora se mantenham os sprites e partes do cenário sem relevo dispostos em distâncias diferentes (existindo apenas alguns elementos que parecem ter volume), a ilusão é interessante pela existência de uma perspetiva atmosférica. Ao contrário do primeiro jogo, também disponível na eShop, este é facilmente recomendável, mesmo para quem não seja um adepto vincado do género.

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