Contra: Operation Galuga

 

Parece que os géneros de jogo que deliciavam as mentes dos mais novos no passado estão a regressar em força, preenchendo assim as lacunas deixadas por certos apontamentos negativos de títulos AAA. Falo de géneros como os Boomer Shooter, ou como neste caso em específico, a ação Run-n'-Gun de Contra.


Contra está de volta após um espalhanço monumental com título Contra: Rogue Corps, numa tentativa de levar o histórico da Konami para a ação 3D. Contra: Operation Galuga, volta ao tão querido Side Scrolling Action, apresentado gráficos modernos e Point of Views dinâmicos que certamente não passarão despercebidos aos jogadores. 


O modo história, ainda que curto, com a duração de cerca de 2 horas, conta com 8 níveis diferentes e envolve os jogadores na missão do grupo terrorista Red Falcon e a sua missão de controlar a ilha de Galuga. O grupo Contra, terá como objetivo principal desmantelar esta operação e deitar por terra os seus planos de controlo deste ponto que se identificará como bastante estratégico pelas características que apresenta. Algo de muito estranho se passa nesta peculiar ilha ao redor da Nova Zelândia, já que existe uma forte presença de seres alienígenas com o intuito de aniquilar toda a vida humana.

A este modo de jogo, que pode ser jogado numa party de até 2 jogadores, junta-se o modo Challenge, que apresenta vários tipos de desafios, entre eles Speedrun, onde o objetivo será terminal o nível o mais rápido possível, o modo Horde, em que o desafio é destruir todos os inimigos, e o modo Arcade que possibilidade a presença de até 4 jogadores. Infelizmente apenas se encontra presente no modo multiplayer local. A presença de uma loja de perks também se faz sentir, e será aqui que é possível adquirir novas personagens e perks para serem utilizados durante as runs. 



Relativamente aos controlos, tudo funciona na perfeição, mas tal coisa já seria de esperar ou este não fosse um título desenvolvido pela WayForward, encarregue por títulos como, River City Girls ou a saga Shantae. Ao longo da progressão do nível o jogador encontrará os famosos pick up de armas a flutuar sobre as suas cabeças que tornará o confronto contra os inimigos um tanto ou quanto um pouco mais fácil. Os tipos de ataques clássicos estão de volta. Para quem jogou anteriormente, é fácil perceber a inclusão da Sub MachineGun, da arma de fogo ou até mesmo a arma de raios. A esta panóplia de armas, foram adicionados novos ataques, bem como melhorias dos ataques, numa espécie de evolução que pode ser adquirido também ele, no decorrer da run, ao colecionar-se o mesmo ataque duas vezes. Algumas personagens apresentam habilidades específicas, como um grapling hook, ou um duplo salto, assim como tipos de ataques específicos para cada tipo de arma.

Ainda no campo das armas, ao efetuar-se o overload mecânico de cada arma, o que significa sacrificar-se a arma em punho, acontecerá o efeito específico da arma por breves segundos. Estes efeitos têm maioritariamente o sentido defensivo, de maneira que é de esperar um efeito de escudo variado, seja ele em torno do jogador ou na criação de uma barreira na direção que foi colocado.


Ao completar o nível são atribuídos créditos que podem ser utilizados na anteriormente mencionada Perk Shop. No início de cada nível, o jogador pode escolher dois perks o que torna cada run numa experiência um pouco diferente da anterior. Colocando o código Konami ao iniciar-se o jogo recebe-se um achievement e o desbloqueio do perk de 30 vidas, que mesmo assim terá de ser comprado. De qualquer das formas, é um pequeno easter egg bastante interessante.

Os níveis em Operation Galuga deixam um pouco a desejar. Alguns são demasiado longos sem necessidade, os checkpoints na sua maioria são demasiado espaçados entre eles e a dificuldade, mesmo em normal é bastante díficil. Neste ponto, ressalvo que será culpa do jogador, no entanto, fica a nota. A maior parte dos níveis culmina num confronto contra um Bosse, que são maioritariamente bastante divertidos. Os segmentos de estória, são também eles um dos momentos altos desta experiência. Na sua maioria apresentam voice acting, com vozes bastante conhecidas do mundo, por exemplo de Yakuza (o voice actor Steve Blum), e em pequenos momentos são apresentados em quadradinhos de uma banda desenhada.


Contra: Operation Galuga é um título recomendável tanto a amantes da série como a novos jogadores que procurem um bom par de horas de diversão cheia de ação. Espero sinceramente que o modo online multiplayer seja adicionado num futuro próximo. Não que o modo couch multiplayer seja mau, mas sejamos sinceros, é muito mais prático convidar o amigo que se encontra do outro lado do oceano para a sessão de jogo online do que o convidar para o sofá de casa.


Nota: Análise efetuada com base em código final para PC, gentilmente cedido pela Keymailer para o autor do artigo.

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