Remnant 2
Quando iniciei a minha jornada em Remnant 2 não sabia de todo o que iria encontrar. A primeira aventura passou-me completamente ao lado, mas tive contacto com os títulos anteriormente produzidos pela mão do estúdio Gunfire Games, ou seja, o franchise de Darksiders. Curiosamente nenhum deles foi uma experiencia que bebesse muito de mecânicas com armas de fogo. Remnant veio mudar essa perspectiva e rapidamente se tornou numa aventura para mim, bastante apetecível. Tudo desde a sua premissa, combate, o aspeto co-op, a direção de arte e o seu lore são bastante completos e imprimem horas de diversão e exploração na busca de equipamentos melhores.
O jogador vestirá a pele de um@ viajante que procura abrigo, mais propriamente a Ward 13. O nosso viajante não se encontra sozinho, terá de defender a sua amiga que se encontra infetada por um virus que tem vindo a deixar as suas marcas, daí a urgência em encontrar o abrigo para conseguir encontrar a cura. Ambientado num mundo que faz lembrar o de The Last of Us, rapidamente se passa da exploração à ação. "The Root", uma raça de inimigos presente em Remnant: From the Ashes e que se pensava ter sido erradicada da Terra, decide brindar o jogador com algumas unidades. Numa espécie de tutorial de combate para se começar a ficar confortável com as suas mecânicas. Após se encontrar o acampamento e uma série de eventos, a World Stone é ativada e o objetivo passa a ser o de viajar para diferentes mundos com o intuito de encontrar um grupo de pessoas perdidas e eliminar a "The Root" da face da Terra.
Sem dúvida um dos pontos fortes de Remnant 2 é o seu world design. Cada área parece ter sido meticulosamente pensada, com bastante atenção ao detalhe e com imensa variedade para que o jogador sinta exactamente que está numa área diferente. Nada disto faria sentido se o mundo não fosse divertido de ser explorado, o que de facto acontece. Seja ele com o intuito de explorar túneis intermináveis que culminam em ante câmaras com mãos robóticas gigantes, como por exemplo numa área em N'Erud, um dos primeiros mundos e que me deixou com água na boca para o que me esperaria nos outros mundos. É bastante satisfatório sair um pouco do caminho para explorar o mapa já que existem bastantes materiais e equipamentos para serem apanhados e até mini bosses para serem derrotados, juntamente com missões secundárias que culminam em mais experiência para a personagem ou, até mesmo em equipamentos especiais.
O combate é outro dos pontos fortes deste título. É possível, como referido anteriormente, apanhar materiais que possibilitam a construção ou upgrade de armas, com tipos de ataque diferentes, inimigos com pontos fracos onde é necessário ter pontaria certeira para aplicar mais dano e weapon mods variados que são ativados após aplicar dano suficiente. A misturar a esta panóplia de armas de fogo, encontram-se as armas melee. O feeling que se tem ao disferir ataques contra inimigos é fantástico. Com a implementação da Dynamic Threat Generation a exploração do mapa torna-se um pouco assustadora, ou rewarding porque é possível obter mais experiência fruto do confronto com inimigos. Este ponto também faz com que os mini-bosses sejam procedurally generated, ou seja, dois jogadores podem encontrar diferentes mini bosses na mesma dungeon.
Falando em mini-bosses, existe uma variedade interessante de encontros contra inimigos mais fortes que se apresentam com um nível visual diferente, o que se traduz diretamente em diferentes tipos de ataques e tipos de defesas variados. A este nível o jogador terá de se adaptar rapidamente ao tipo de combate, ou terá de repetir estes encontros um bom par de vezes.
Ainda dentro do espetro de combate é importante referir a presença de classes ou, neste caso, Archetype. O jogador no inicio da sua aventura, poderá escolher 1 de 5 Archetype, cada uma delas com a sua Prime Perk especifica. Naturalmente ao ganhar mais experiência é possível desbloquear novas habilidades. Numa fase mais avançada é ainda possível escolher um Archetype secundário, fazendo com que exista um ecossistema divertido de customização de Archetype. É claro que tive de escolher o Handler Archetype que me permite ter um companheiro de quatro patas, que ajuda tanto no momento de ataque a imprimir dano aos inimigos, como numa perspectiva mais defensiva já que se a personagem estiver downed é possível receber umas lambidelas de conforto e voltar à vida. Ok, não é tão literal assim, se se tiver um poção é possível utilizá-la para voltar à vida. Os outros Archetypes desdobram-se entre Medic, onde o seu Prime Perk prende-se essencialmente por curar a party, o Hunter, especializado eu aplicar dano nos weakpoints dos inimigos, o Gunslinger que é o especialista em armas, entre outros.