Donkey Kong
No princípio dos anos 80, o mundo dos jogos de vídeo jazia
em ruínas. O "crash" provocado pela queda da Atari havia atirado este negócio
emergente para o lixo. Ainda assim, algumas companhias subsistiam: a Nintendo
era uma delas. Aproveitando o facto de o Japão não ter sido particularmente
afectado pelo referido "crash", a grande N vai tentar relançar o negócio dos
jogos de vídeo no mundo ocidental.
Usando a imaginação de um dos seus mais
promissores criadores, Shigeru Miyamoto, e adaptando máquinas arcada do falhado
Radar Scope, a Nintendo vai lançar o jogo Donkey Kong, em 1980. Este Hit das
arcadas, colocava-nos na pele de um pequeno carpinteiro italiano, que na altura
apenas atendia pelo nome de Jumpman, enquanto tentávamos resgatar a sua
namorada Pauline das garras do gorila que dá o nome ao jogo.
Com
quatro níveis (25 metros, 50 metros, 75 metros e 100 metros) de dificuldade
crescente, DK é um jogo complexo para os padrões da altura, mas
assustadoramente simples pelos actuais. Tudo o que Mario “Jumpman” tem que
fazer é saltar os barris que DK atira e evitar chamas, enquanto salta de viga
em viga e sobe múltiplas escadas para chegar à sua amada Pauline. Pelo caminho,
podemos apanhar um power-up na forma de martelo gigante, que nos torna, por uns
instantes invencíveis a qualquer dano.
Embora seja um clássico, DK mostra o peso da idade. Os seus níveis são simples e mostram pouca variedade. A música fica no ouvido, é certo, mas não é, de forma alguma tão icónica como as de Super Mario Bros, por exemplo. Um outro senão está no facto de Jumpman morrer, se saltar de um local muito elevado, o que não deixa de ser estranho, considerando o nome e o futuro historial da personagem. DK é um titulo a ver, para quem gosta de jogos e de conhecer a sua evolução, ou por mera curiosidade, mas existem melhores ofertas no cardápio da Virtual Console, tanto para a Wii U como 3DS.